
Ao longo dos 15 anos que fui líder de RH em grandes empresas multinacionais, dediquei boa parte do meu tempo na avaliação do potencial das pessoas. Entretanto, recentemente, tenho me perguntado se não teria sido melhor investir esse tempo focando-me na liberação da potência delas. Tanto potência como potencial são originadas da palavra “potis”, que vem do grego e do latim, significando poder. Potência é a capacidade de criar, produzir, agir e fornecer energia; é a aptidão que todo ser humano tem de realizar e transformar sua força em energia. Já potencial é uma potência que pode existir em algum momento no futuro. Ou seja, algo que pode ser desenvolvido, embora ainda não tenha sido concretizado. Acredito que todos possuem potências e o desafio de cada um é desabrochá-las para ser e fazer o melhor. Quando fazemos nosso melhor, estamos conectados ao chamado da vida, manifestamos nossos talentos e nos sentimos plenos e realizados. Sabemos que nem sempre conseguimos liberar plenamente nossas potências e que mostramos ao mundo somente parte do que podemos ser e fazer. Sendo assim, faz sentido ajudar pessoas na liberação de suas potências, pois quando elas são expressadas no presente, obtemos melhores condições de avaliação do potencial de cada uma. Assim, é possível evoluir do paradigma de que alguns têm potencial para um modelo mental de compreensão de que todos possuem potência. Para começar a identificar e reconhecer isso, é preciso refletir sobre duas perguntas: “O que gosto muito de fazer?” e “O que sei fazer muito bem?”. Depois de pensar em cada indagação separadamente, conseguimos identificar a interseção entre as duas respostas. Reconhecer a potência é um começo, mas não é o bastante. Para expressá-la, é preciso ter autoconfiança, se libertar dos medos e receios e ter força de vontade e determinação para utilizá-la a […]

Qual é o chamado da vida? Qual é o meu chamado neste momento? Qual foi o meu chamado na minha história até hoje? Qual será o meu chamado no futuro? No último feriado, enquanto caminhava pela praia refletindo sobre a vida, fui tomado novamente por estas perguntas que me acompanham há vários anos. Revendo minha trajetória, tive uma clareza ao me dar conta que em alguns movimentos que transformaram a minha vida, eu não tinha a consciência do meu chamado naquele momento e das transformações que estavam por vir. Olhando a vida pelo retrovisor, como biógrafo da minha própria história, consegui fazer as ligações entre as minhas escolhas e identificar o fio condutor que conectou estes movimentos. Pensando sobre o que estes movimentos tiveram em comum, ficou claro que durantes estas transformações me sentia especialmente pleno, com extrema clareza, conectado com a minha essência e com muita força e energia focada na realização de um sonho. Joseph Campbell, estudioso da mitologia e da psicologia humana, nos presenteou com uma profunda reflexão sobre estas questões na sua Jornada do Herói, em que descreve este estado de plenitude como o arrebatamento pela vida. “A pessoa que tenha sido cativada por um chamado, uma devoção, uma crença, um entusiasmo, sacrificará sua segurança, sacrificará até mesmo a própria vida, sacrificará os relacionamentos, sacrificará o prestígio e nem pensará em realização profissional — entregar-se-á inteiro ao seu mito”. Segundo Campbell, o chamado tira o indivíduo da zona de conforto, da tranquilidade da vida cotidiana e o impulsiona para uma jornada de aventuras, desafios, aprendizados e conquistas até que, ao final, retorna para casa transformado. A mitologia, literatura, cinema, e os contos de fada estão repletos de pessoas que são chamados a buscar dentro de si talentos, força e coragem para superar situações e contextos desafiadores e tornar […]

Estar em estado generativo é a fonte da alta performance. É como o que acontece com um atleta, músico ou artista que surpreende e impressiona o seu público com a expressão máxima do seu talento. Se refletirmos sobre os nossos…

Nas últimas semanas me deparei, algumas vezes, em várias organizações e diferentes contextos com esta pergunta e suas variações: Qual é o meu lugar? Será que estou no lugar correto? Será que estou ocupando um lugar que não me cabe?…

Nesta semana ganhei um presente da vida — e que presente! Minha mãe ganhou um prêmio em uma campanha de incentivo de uma grande companhia e me convidou para acompanhá-la na viagem a uma linda cidade européia. A viagem foi uma oportunidade…

O Lama e os CEOs No final de junho quatro amigos realizaram um antigo sonho de proporcionar um encontro entre o Lama Padma Samten e um grupo de CEOs. Há vários anos a Lais Passarelli, Cristina Aiach, Miguel Bermejo e…

Há algumas semanas um convite para dar uma palestra na Câmara Americana de Comércio — AMCHAM de Belo Horizonte sobre “Quais as ações de Recursos Humanos diante do atual cenário brasileiro”, me fez pensar e buscar perspectivas para contribuir com a reflexão…

Todos nós já lemos livros, assistimos palestras e participamos de programas de desenvolvimento que descrevem líderes exemplares. É certo que não existe uma definição absoluta, mas podemos fazer uma longa lista relacionando competências e qualidades de um líder exemplar, tais…

Foi fundado no Brasil o capitalismo consciente, um movimento que começou nos Estados Unidos e que tem um propósito que pode soar utópico: gerar empresas nas quais o lucro é uma consequência de um bem maior, a criação de valor…