
Lembre-se da última vez em que você participou de uma conversa com a sensação de que saiu diferente e “maior”, engrandecido. Não sou mais o mesmo. Aprendi, expandi meus conceitos, perspectivas, pensamentos e sentimentos. Saí mais sábio. Este tipo de…

Comunicação Não-Violenta | CNV: melhore seus relacionamentos pessoais e profissionais Muitas vezes a comunicação que usamos ou recebemos contém termos agressivos, julgadores e parciais. Nesses momentos nós e nossos interlocutores naturalmente nos colocamos em posição de defesa, mesmo que de…

Entrevista com Luciano Marques da Alcon Brasil

Sua realidade é fruto da lente que você usa para vê-la Outro dia lembrei-me de uma história onde um amante da natureza, que adorava fazer caminhadas por trilhas, conseguiu chegar ao topo de uma montanha num dia lindo. Deste ponto, conseguiu ver o vale verdejante por muitos e muitos quilômetros. Naquele dia ensolarado, depois de horas de esforço, sentia-se profundamente conectado à natureza e ao Divino. Nunca havia encontrado tamanha paz e unidade com o Universo. Viveu o sentimento de estar no Paraíso. De repente, ouviu um barulho diferente, que lhe lembrou o rugido de um felino. Que animal poderia estar ali por perto? Quem sabe lhe espreitando? Talvez esperando um bom momento para dar o bote? E se imaginou morrendo nas garras e dentes de uma fera. Foi invadido por um medo profundo e lembrou de sua família e amigos que nunca mais veria. Estava encurralado no alto de uma montanha, prestes a morrer sem poder se despedir de seus entes queridos. Nunca tinha passado por uma situação tão infernal. Do paraíso ao inferno em um segundo. A descida da montanha foi com muito medo e angústia, mas nada aconteceu. Para mim, o mais interessante desta história foi a mudança da percepção da realidade em um instante. Nada do que existia externamente e que levou este indivíduo ao estado de êxtase, deixou de existir. A única mudança, um ruído que o levou a criar uma história aterrorizante, gerou um dos maiores estresses que já viveu. Por mais improvável que fosse a existência da suposta ameaça, o medo arrebatou-lhe, levando-o a manter sua atenção, seu foco na história que criou para si. Lembrei desta história num dia que estava muito abalado com alguns acontecimentos e decisões tomadas no Congresso Nacional, decisões estas que vão trazer dificuldades gigantescas para o próximo governo, […]

Quer construir um time efetivo? Invista na vulnerabilidade A palavra vulnerabilidade pode nos remeter a uma ideia de fraqueza, algo que deve ser evitado. Este artigo trata de um outro conceito de vulnerabilidade: o de ter a coragem de se expor, de revelar suas debilidades, o que você não sabe, sentimentos profundos, sem ter a certeza de como serão as reações de seus interlocutores. Se o título deste artigo relacionasse efetividade de times a confiança entre seus membros provavelmente não causaria estranheza. Mas vulnerabilidade? Pois bem, a vulnerabilidade precede a confiança. É uma condição para que a confiança se estabeleça. Como consultor de empresas atuando muitas vezes no fortalecimento de times de liderança me deparo com momentos onde claramente seus integrantes estão se perguntando: “Qual é a dinâmica que está rolando aqui?” Posso revelar minhas fragilidades e o que não deu certo ou será melhor ficar calado ou mesmo encobri-las, fingindo que não existem? O mais importante é parecer forte e vencedor ou podemos explorar e aprender conjuntamente? Já presenciei muitos momentos mágicos, quando a partir da partilha deste espaço do não saber, da dúvida, ou do que não deu certo, uma nova dinâmica de conexão aparece e a confiança se estabelece, permitindo novos fluxos de conversa, onde o que está realmente acontecendo consegue emergir, para ser coletivamente endereçado com o suporte e ajuda de todos do grupo. E o líder da equipe tem um papel fundamental nesta dinâmica. Quando o líder consegue se abrir e revelar suas falhas ou dúvidas, emite sinais fortes de como é a dinâmica que quer criar com seu time. Confiança e cooperação são desenvolvidas a partir de vários pequenos e frequentes momentos de vulnerabilidade, quando nossos cérebros traduzem o ambiente, o contexto que estamos vivendo como: aqui é seguro expressar-se de forma franca e […]

Corall entrevista Luciana Caletti e Dave Curran, da Love Mondays “A decisão sobre nossa carreira é uma das coisas mais importantes da nossa vida. Afinal, nosso trabalho é onde vamos passar a maior parte do nosso tempo” Quando você está em busca de trabalho em uma empresa, não seria importante ter acesso a informações dos próprios funcionários sobre como é realmente trabalhar naquele ambiente? Foi pensando em resolver esse problema que a brasileira Luciana Caletti, CEO, o irlandês Dave Curran, CFO, e seu compatriota Shane O’Grady, CTO, fundaram o Love Mondays. Com mais de 350 mil avaliações no Brasil, o conteúdo é postado pelos colaboradores de maneira espontânea e as opiniões são anônimas. Entre os tópicos avaliados estão a cultura da empresa, as oportunidades de carreira, o salário, o ambiente de trabalho e a avaliação do processo seletivo. Entrevistado por Ney Silva para o blog da Corall Consultoria, Luciana e Dave detalham as motivações que tiveram para empreender, as vantagens e desvantagens de criar um negócio como casal, as rupturas digitais que estão ocorrendo no mercado de recursos humanos e as inspirações de liderança. “Antes o nome da empresa no mercado era o que mais atraia os profissionais, mas hoje não é mais assim porque o principal ponto que buscam é a felicidade em uma cultura agradável”. Qual foi a motivação para iniciarem o Love Mondays? De onde veio a ideia? Luciana: antes de lançarmos o Love Mondays escutávamos muito sobre a questão de ser feliz no trabalho e de se realizar no âmbito profissional. É que antigamente as pessoas buscavam se realizar na arte, no esporte, na política, na família e até mesmo na religião, mas a felicidade no âmbito profissional não era prioridade. Nos últimos anos isso mudou por parte dos profissionais e também das empresas que buscam contratar colaboradores […]

Esta questão aparece frequentemente nas interações com clientes em busca de organizações mais ágeis e atrativas para jovens. Quais as possíveis respostas? Esta pergunta tem aparecido com muita frequência nas interações que tenho com clientes em busca de organizações mais ágeis e que sejam atrativas para os jovens, cada vez mais exigentes em relação à qualidade do ambiente de trabalho e à cultura organizacional. Em entrevista recente que realizei com os fundadores do Love Mondays, empresa que registra comentários e avaliações espontâneas dos funcionários sobre suas organizações (são mais de 350 mil avaliações no Brasil até agora), “o fator que mais tem impacto na felicidade da pessoa no trabalho é a cultura da empresa”. Este cenário tem trazido uma pressão intensa sobre os “chefes”, de como devem envolver suas equipes e tornar o ambiente cada vez mais aberto a capturar os talentos e contribuições da cada indivíduo. De fato, o antigo chefe, hierárquico, voltado a dinâmicas de comando e controle, no manda quem pode e obedece quem tem juízo, vai se tornar uma figura cada vez mais rara. Na Corall, nossa consultoria que ajuda organizações em seus movimentos de evolução, temos recebido vários pedidos de clientes que veem como imperativo tornar suas estruturas mais horizontais, mais ágeis, com novos modelos para a tomada de decisão e distribuição da autoridade. E voltando à pergunta inicial, sobre se é possível uma organização existir sem “chefes”, sim, é possível e existem alguns exemplos de sucesso no mercado tanto internacional como nacional. Mas os casos ainda são muito raros e estão normalmente associados a empresas que já no seu nascimento tinham uma forte presença da autonomia e gestão participativa. Um caso famoso é o da maior processadora de tomates do mundo, a Morning Star, localizada no estado da Califórnia nos Estados Unidos. São mais […]

Imagine a seguinte cena: você está diante de uma grande tela, como uma TV de 70 polegadas. No momento inicial surge a imagem de uma pintura abstrata. Depois de alguns segundos a imagem muda e, como sua expressão facial está sendo observada e analisada, é possível saber se a nova imagem agradou mais ou menos, e com isto, depois de algumas interações, o programa que está por trás desta máquina faz análise e tem boas pistas do que mais lhe agrada. Com isto, as imagens com combinações de formas e cores estão cada vez mais interessantes para você. Ao final de muitas interações você está diante de uma pintura abstrata simplesmente belíssima e cativante. Personalizada para você. Mas o experimento pode ser feito com várias pessoas e grupos, cada um com sua expressão facial capturada e analisada, de tal forma que o produto final seria agradável não só para uma pessoa, mas para todo um grupo, e assim, provavelmente, se fosse leiloada poderia obter um significativo valor no mercado. Este produto final não poderia ser considerado uma obra de arte? Com certeza surgem perguntas interessantes nesta nova realidade como “de quem são os direitos autorais da obra?” Esta situação não é futurista, já é uma realidade e com o aprimoramento galopante de tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial, muito brevemente já será possível termos nossas obras de arte personalizadas facilmente acessíveis. A experiência da máquina Mas já temos robores que pintam como artistas? O Museu do Amanhã recebeu um presente da ABB (Asea Brown Boveri) em comemoração aos seus 105 anos de presença no Brasil. Sim, chegaram aqui no país para o fornecimento dos primeiros equipamentos elétricos para o Bondinho do Pão de Açúcar. O presente foi uma pintura realizada ao vivo no evento, conjuntamente entre o artista plástico […]

90% das posições de advogados nos Estados Unidos vão se tornar obsoletas nos próximos anos devido ao crescente uso de sistemas inteligentes, baseados em inteligência artificial. De uma forma simplificada, inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que estuda como fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor. A notícia do primeiro parágrafo circulou recentemente na internet e em redes de WhatsApp e no mínimo deixaria muitos advogados apreensivos. 90% pode parecer um número exagerado, mas um outro estudo, publicado pela consultoria Deloitte em 2016, afirma que reformas profundas ocorrerão na próxima década, e estima-se que 40% das posições no setor legal acabarão sendo automatizadas. Parece que não há dúvida que este será um setor profundamente impactado por esta tecnologia nos próximos anos. Estas novas plataformas serão cada vez mais capazes em selecionar documentos em busca de evidências a serem usadas nos processos, revisar e criar contratos comparando com outros já realizados e sinalizar possíveis fraudes. Já há farta evidência que estas atividades podem ser realizadas com um nível de acuracidade maior que a dos humanos. Os trabalhos legais de “carregadores de piano” serão substituídos. E o nível de precisão dos resultados só cresce. Quando um resultado da plataforma é percebido como não tão bom, adicionam-se novas informações e o novo processamento é melhorado. E programas mais sofisticados vão apreendendo automaticamente com suas falhas, tornando-se mais “inteligentes”. Por outro lado, lembrei da conversa que tive com um amigo que trabalha no setor bancário que relatou o que ocorreu historicamente com a introdução de caixas eletrônicos. Houve uma drástica redução das posições de caixas bancários, mas por outro lado, a redução de custos permitiu a expansão do número de agências e o foco nas agências passou a ser muito mais em vendas, forjando relacionamentos com […]

“O que você vai fazer para eles se entenderem? ” Esta foi a pergunta que me fizeram há algumas semanas quando me preparava para facilitar um workshop em que representantes de uma equipe se encontrariam para discutir temas importantes para a evolução de sua organização. Dois destes representantes tinham um histórico recorrente de desentendimentos e polarizações de ideias. De fato, nem eu nem ninguém poderia garantir que os dois se “entenderiam”. O que estava no meu alcance era o de fazer um bom desenho para uma experiência coletiva positiva e ajudar a criar o “campo” para que as pessoas saíssem do tradicional debate / embate para o verdadeiro diálogo, com mais abertura e empatia. Poderíamos, eu e outros participantes, em especial o líder daquela equipe, fazer bons convites, mas a decisão de criar a disponibilidade interna para entrar neste espaço verdadeiramente dialógico é sempre individual. Se os dois não estiverem dispostos a explorar outras possibilidades, além de suas “verdades incontestáveis”, pouco se conseguiria avançar. Cada um de nós pode usar no dia-a-dia, dois tipos de paradigmas (modelos ou mapas que usamos para navegar na vida) quando nos defrontamos nas nossas relações com situações que fogem do resultado que esperamos. De acordo com o primeiro paradigma, se algo deu ou está dando errado, alguém, e normalmente o outro (ou outros), é o culpado. E assim naturalmente penso: como faço para mudar o outro? O que é preciso fazer para “consertar”, para “corrigir” o culpado? Não temos consciência, mas no fundo estamos usando a lógica cartesiana, a mesma lógica onde dois mais dois resulta em uma única possibilidade, quando ficamos seguros que temos “a verdade”. Contudo, na complexidade das relações humanas, tal caminho simplesmente não existe. Há um segundo paradigma que podemos usar. E neste outro paradigma, entendemos que, em cada relação […]