Vicente Gomes, Autor em Corall Consultoria - Página 2 de 5
Vicente Gomes

Vicente Gomes

Acelerando a evolução de Modelos Mentais

Tenho constatado que líderes empresariais estão cada vez mais conscientes da evolução acelerada de tecnologias e modelos de negócios; fico até surpreso ao ver como rapidamente estão trazendo para agenda de suas empresas questões sobre as implicações e impactos de todas essas novas forças transformadoras. Ao mesmo tempo experimento uma sensação de inquietude com relação a uma questão fundamental: será que estamos limitados pela nossa capacidade de percepção das ameaças e oportunidades que este novo contexto traz? São tantas possibilidades que surgem com cada novidade tecnológica que tenho a sensação que ficamos míopes de suas implicações, mais importante ainda, das oportunidades que cada uma delas e do efeito exponencial que a combinação entre elas trazem para nossos negócios, nosso trabalho e para nossas vidas. Considero que o maior gargalo no fluxo de geração de valor e prosperidade hoje em dia é nossa capacidade de entender e sentir essas implicações, afinal nosso “sistema operacional” básico não evolui há aproximadamente 300.000 anos: nosso processo inconsciente de filtrar os estímulos e informações, dar significado e agir/reagir no mundo continua a mesma desde que caçávamos nas savanas para nossa sobrevivência. Operamos no mundo através de modelos mentais, que são construídos e armazenados em nossas memórias subconsciente e inconsciente ao decorrer de nossa história. Esses modelos nos permitem navegar pela vida de forma eficaz, mas, num mundo em franca transformação e ebulição, talvez não sejam mais tão eficientes. Nesta forma de descrever o que está acontecendo, o fator fundamental para transformação dos negócios passa a ser a capacidade de evoluirmos nossos modelos mentais para lidar com a enormidade de informação e oportunidades que estão disponíveis. Para isso é preciso usar cognição e emoção de uma forma muito diferente do que é normal hoje em dia, ou seja, tipicamente usamos somente nossa capacidade analítica e conceitual. […]

“Tive um AVC, com 31 anos de idade, que posso dizer que foi o grande presente da minha vida”

Vicente Gomes, sócio-consultor Corall, entrevista Ricardo Glass, fundador & CIO (Chief Inspirational Officer) da Okena “A gente tem uma responsabilidade maior do que as empresas convencionais, já que estamos levantando uma bandeira. Eu sou apenas uma ferramenta dessa transformação”. A morte de um primo com câncer e um AVC (Acidente Vascular Cerebral) aos 31 anos. Um desafio pessoal foi o que levou Ricardo Glass, Fundador & CIO (Chief Inspirational Officer) da Okena, a buscar um novo rumo na vida. Depois de muita reflexão, criou a Okena, em 2011, uma empresa que trata água poluída de empresas para, após o tratamento, devolvê-la limpa para a natureza. Entre alguns dos seus clientes estão Ford, Tam e Natura — e outras mais de 150 empresas que já foram atendidas desde a fundação.+ Glass define que a Okena nasceu para ser algo positivo, que gere valor compartilhado em todas as relações. Não é por menos que a empresa está inserida em um movimento econômico contrário aos das companhias que não respeitam o meio ambiente e a sociedade — aquelas que seguem o conceito de lucro acima de tudo. A Okena é certificada pelo Sistema B, um movimento global de companhias que usam os negócios para encontrar soluções para problemas ambientais e sociais. Entrevistado por Vicente Gomes, sócio da Corall, para o blog da Corall Consultoria, Glass detalhou seus maiores aprendizados, as disrupções que estão ocorrendo na área de tratamento de efluentes e também de como liberar o potencial máximo das pessoas. Durante a conversa, o Chief Inspirational Officer também falou sobre as metas que buscam alcançar na Okena (que vão muito além da questão financeira), liderança e inovação. “Ter sucesso no padrão convencional, que muitas vezes deixa um rastro de destruição, não pode ser algo a ser comemorado”. Você criou a Okena a partir de experiências e momentos adversos […]

Quatro passos para colaboração e felicidade

Uma das dimensões que mais impactam a evolução dentro de uma organização (e também na vida pessoal) é a forma como interpretamos as informações que nos chegam. De fato, talvez esse seja o fator fundamental para uma vida mais saudável e para uma organização mais colaborativa, ágil e adaptativa. Avanços na neurociência têm confirmado que nosso sistema nervoso molda a realidade que queremos ver. Vejam neste TED de ANIL SETH uma descrição detalhada de como nosso sistema nervoso recebe alguns impulsos elétricos sensoriais, combina esses sinais com suas expectativas ou crenças anteriores sobre como esse mundo lá fora funciona e escolhe o melhor palpite que descreve o que está acontecendo lá fora, isso valendo para objetos, pessoas, emoção e ações. Ou seja, nossa leitura da realidade é apenas nosso melhor palpite de algo, baseado em nossa percepção e da nossa própria experiência de vida. Isso é superimportante porque, se assim for, não existe uma realidade única e sim a realidade que cada um de nós criamos e que mais nos faz sentido. Sabendo disso, temos em nossas mãos o poder de aprender a colaborar mais e ser mais feliz. É comum no trabalho nos depararmos em situações onde nossos pré-conceitos, opiniões, visão de mundo, ideias e ações repetidas vezes entram em confronto com outros pré-conceitos, opiniões, visões de mundo, ideias e ações de outras pessoas e, muitas vezes, de forma muito dolorosa e demorada, chegam a conclusões e resultados medianos e à custa de muita energia, de emoções negativas e mágoas com relação aos outros. De posse desta compreensão de como funcionamos, talvez os quatro passos a seguir ajudem você a ter situações de trabalho mais inclusivas e colaborativas e ao mesmo tempo salvar energia e criar mais relações positivas com os outros: 1. Mantenha um olhar curioso para o […]

E agora, o que fazer depois de sua visita reveladora ao Silicon Valley?

É cada vez mais comum nas conversas com nossos clientes encontrar pessoas que estiveram recentemente no Vale do Silício e que voltaram movidas e inspiradas. É cada vez mais comum nas conversas com nossos clientes encontrar pessoas que estiveram recentemente no Vale do Silício e que voltaram movidas e inspiradas pelas possibilidades que as novas tecnologias estão trazendo para mudar o mundo. Nós mesmos da Corall Consultoria estamos abrindo um escritório em São Francisco, na Califórnia, para manter o fluxo de ideias, co-inspirações e abordagens de liberação da potência das organizações que querem aproveitar as oportunidades geradas nesta época de hiper mudanças. As pessoas estão descobrindo que o que antes era ficção científica agora é realidade. As novas tecnologias estão tendo um efeito catalisador na transformação da forma de trabalho e na criação de novos modelos de negócios. Tomemos como exemplo o fomento à aceleração de novas empresas, feitas tipicamente por fundos de Venture Capital: entre o primeiro trimestre de 2016 e o primeiro trimestre de 2017 a utilização de criptomoedas baseadas na tecnologia de Blockchain saltou de 3,4% do volume total de US$ 179 milhões para 36,8% dos US$ 189 milhões, ou seja, um crescimento de 10X em um ano! Retornando ao Brasil esses executivos se deparam adicionalmente com um cenário de mudanças inesperadas, de muita volatilidade e ambiguidade na esfera político-econômica, e todo aquele encantamento se depara com um desafio gigante: como capacitar suas empresas para estarem constantemente em um estado de prontidão para o futuro disruptivo? Temos ajudado nossos clientes a transformar esse desafio em força propulsora para se reinventar e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades emergentes e ajudar a construir um mundo mais próspero e bom para todos. Para isso temos trabalhado em três principais vetores: inovar modelos de negócios e ofertas baseadas nas oportunidades […]

Brincando com a inteligência artificial

Ao escrever este artigo, investiguei se a inteligência artificial já tinha chegado nesta seara. Descobri dois serviços. Veja o resultado. Semana passada estava com preguiça de escrever este artigo e resolvi então investigar se a inteligência artificial já chegou nesta seara, a de escrever artigos para blogs. Depois de ler algumas matérias descobri dois serviços que já funcionam hoje em dia. Um dos serviços é bem estabelecido, tendo gerado, somente em 2016, mais de 1,5 bilhões de artigos baseados em dados. A empresa chama-se Automated Insights e o programa, Wordsmith. Mas esse produto era muito caro e optei por comprar um artigo de uma start-up israelense chamada Articoolo para testar a oferta. Eles pedem para você um tema, descrito com duas a cinco palavras, um tamanho do texto desejado (de 250 a 500 palavras), o grau de originalidade do texto e depois de alguns poucos (às vezes muitos) minutos geram o artigo. Acompanhando o processo “criativo”, inicialmente a máquina captura e agrupa informações sobre o tema que você pediu, depois faz a busca sobre o sentimento e opiniões sobre o assunto, monta o artigo e avalia se o que gerou é bom o suficiente para ser entregue. Em muitos dos temas que pedi o site avaliou que não foi capaz de produzir algo de qualidade e pedia para eu mudar ou refinar a questão. O software gera a peça em inglês, mas para ter uma ideia da qualidade do texto gerado segue minha tradução livre (com a ajuda do Google Translator) para o tema “Inteligência Artificial”: O campo do intelecto artificial pode não ser capaz de desenvolver um aspirador robótico que nunca derrube um vaso, pelo menos não dentro de poucos anos, mas máquinas inteligentes podem progressivamente substituir os trabalhadores do conhecimento no futuro, vários especialistas em Inteligência Artificial (IA) […]

Meditação e Liberação da Potência

Tenho escrito sobre como o tema da meditação tem aparecido com cada vez mais frequência no mundo corporativo, tanto através de líderes de grandes organizações globais quanto empreendedores que estão criando novos paradigmas de negócios e organização. Os benefícios revelados por estudos científicos realizados nas melhores universidades são muitos: melhoria do sistema imunológico, mais resiliência em situações de alto estresse, melhor discernimento e clareza mental para entendimento de questões complexas, mais empatia e compaixão, o que nas organizações aumenta e melhoram os laços sociais, ajudando na criação e manutenção de um ambiente de confiança. Qualquer acionista ou executivo rapidamente irá conseguir vislumbrar o potencial da meditação em seus negócios, tanto para liberar a potência das pessoas na criação de novos produtos, processos, modelos de negócios ou ainda na forma de organizar o trabalho, assim como na qualidade da marca e cultura empresarial e consequente impacto no comportamento e reputação com colaboradores, clientes, fornecedores e outras partes interessadas. Porém, a fim de que todos esses benefícios sejam realizados e que todo o potencial de criação de valor seja realmente auferido, é importante distinguir os vários tipos de meditação e como podem ser incentivados, suportados e aplicados no mundo organizacional. Dentre as várias abordagens e escolas da meditação gostaria de destacar dois tipos, mindfulness (ou atenção plena) que tem sido o mais noticiado pelo mundo afora, e a meditação tântrica, que considero que tem maior potencial para a vida e para os negócios. Em tempo, embora o termo tantra tenha assumido uma conotação mais sexual no ocidente, a prática milenar indiana e butanesa é pautada na busca pela auto realização e liberação total do potencial humano. Mindfulness é uma forma de meditação que trabalha a capacidade de atenção para melhor lidar com os diversos estímulos e informações que conscientemente e inconscientemente recebemos […]

Uma introdução a Ioga e meditação na gestão das empresas

  É incrível o crescimento das abordagens de saúde complementar mente-corpo (por exemplo ioga, meditação, práticas contemplativas entre outras) para melhoria de bem-estar, produtividade e criatividade. Além do aumento expressivo de pesquisa e estudo sobre o efeito dessas práticas nos últimos 10 anos, também melhorou o acesso a essas informações e práticas para a população em geral, seja pela oferta de aplicativos, espaço na mídia on e off line assim como no número de profissionais e locais para a prática. Nos Estados Unidos, no último estudo conduzido pelo Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa do NIH (NCCIH) e pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS) do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, em 2012, destacam-se algumas estatísticas: Aproximadamente 21 milhões de adultos (quase o dobro do número de 2002) e 1,7 milhão de crianças praticavam ioga. Quase 18 milhões de adultos e 927.000 crianças praticavam a meditação. As crianças cujos pais usam uma abordagem de saúde complementar são mais propensos a usar um também. Espero curioso pelos resultados do estudo em 2017 e descobrir estatísticas parecidas no Brasil, os números divulgados por sites e instituições ainda variam muito, de meio milhão a cinco milhões! No campo científico centros de excelência como a Escola de Medicina de Harvard, Universidade da Califórnia, King´s College de Londres, Universidade de Hangzhou, Escola de Medicina da USP entre outros tem realizado pesquisa básica e estudos investigativos que atestam os benefícios das abordagens de saúde complementar mente-corpo: Redução do estresse e aumento da resiliência Diminuição do ritmo de envelhecimento das células induzido pelo estresse através do aumento de atividade da telomerase, considerada a enzima da longevidade Aumento da capacidade de foco e atenção, controle emocional e empatia Sara Lazar, uma neurocientista do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de medicina de Harvard […]

Os sete princípios dos novos modelos de gestão de desempenho

Os sete princípios dos novos modelos de gestão de desempenho Tenho escrito nos últimos meses sobre as mudanças que estão em curso no pensamento e na prática de gestão de desempenho fora e dentro do Brasil. Veja abaixo um resumo de meus pensamentos sobre os principais aspectos científicos e princípios dos novos modelos que estão emergindo: Você pode fazer o download desse material clicando aqui. Se você quiser conversar mais sobre o assunto, estou disponível em vicente@corall.net! Vicente Gomes é sócio consultor da Corall e escreve para o blog Gestão Fora da Caixa da Exame.

“Erre mais” | Entrevista com Alexandre “Bio” Veiga — CEO da AgVali

“O único jeito de aprender foi errando, deixando minhas intenções claras e, assim, melhorando (…) Hoje, não sei fazer muita coisa certa. Sei fazer pouca coisa certa, mas sei errar pouco em muita coisa.” Alexandre “Bio” Veiga representa uma nova geração de empreendedores: um novo tipo digital, focado na criação de um modus operandi de gestão que realmente beneficie a todos. Imaginativo desde a infância, concedeu entrevista ao blog da Corall no escritório da AgVali, rede de compras de insumos e tecnologias agropecuários, localizada em São Paulo, seu mais recente negócio. Durante a conversa com Vicente Gomes, sócio da consultoria, ele detalhou sua trajetória, descrevendo como o desejo de criar nasceu e advogando pelos erros e tentativas ousadas. Veiga ainda analisou como empreendedores seriais devem ser utilizados por empresas e traçou um rico paralelo do que organizações e startups podem aprender uma com a outra. “É um mercado só. Uma humanidade só. Então, o mind set vai ter que se equalizar. Tanto as startups não podem se abastecer demais por ego e hype, como as grandes empresas não podem ficar sentadas em torres de marfim acreditando que ninguém pode atingi-las.” Confira os principais trechos da entrevista. Fale um pouco da relação que sua origem e família tiveram em sua carreira. A.V. Minha história não é muito diferente da dos jovens de classe média vindos de famílias com ímpeto de fugere urbem, que saíram da capital paulista nos anos 90. Nessa época, aconteceu um boom e todas as cidades localizadas a 100, 150 km de distância de São Paulo começaram a se desenvolver rapidamente. Meu pai era executivo de uma multinacional e a mudança para o interior foi praticamente inevitável. Entretanto, a região ainda não era totalmente palatável. Foi um período interessante tanto no cenário brasileiro como no local porque a mudança […]

Consciência e negócios

Em um post recente no site do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, compartilhei algumas reflexões sobre a importância da expansão da consciência pessoal e coletiva em todas direções e sentidos criando assim possibilidades para que o capitalismo evolua para um novo espírito dos tempos, em que um mundo mais eficiente, verde, acessível e feliz desabroche. Neste blog, gostaria de complementar a reflexão e explorar um pouquinho mais dois aspectos fundamentais e distintos desse processo de expansão: a forma que operamos e tecnologias disruptivas. O primeiro está relacionado ao autoconhecimento, ou seja, expansão da consciência com relação a si próprio. Em minha jornada, estudei e pratiquei muita ciência, ideologia, filosofia — e até mesmo religião — até chegar à forma atual com a qual crio minha realidade, que talvez não seja a que terei daqui a algum tempo, já que esse é um processo contínuo de aprendizado. Em minha visão, somos todos consciência-mente-corpo, ao mesmo tempo e totalmente entrelaçados e interdependentes. A maneira como penso influencia o que sinto e como ajo, assim como meu estilo de vida e prática de exercícios físicos influenciam minha saúde corporal e mental. Sempre fui muito curioso para entender como se dá esse processo entrelaçado e contaminante entre o pensar, sentir e agir e fiquei fascinado quando descobri o papel dos neurotransmissores e dos hormônios na ativação e regulação de sentimentos, emoções e ação, através do seu nível de secreção no corpo por nossas glândulas (pineal, pituitária, tireoide, timo, pâncreas, adrenal, ovários e testículos). Esse entendimento permite aumentar as possibilidades de auto percepção e, principalmente, de se estar melhor preparado para agir em situações difíceis. Um exemplo é que em situações estressantes é natural que nosso sistema nervoso responda com maior descarga de adrenalina e cortisol no sangue para preparar o corpo para lutar, fugir ou congelar. Duas possibilidades para […]
unriyo