
"Se os seres humanos passaram a maior parte de nossa história alternando fluidamente entre ordenamentos sociais diferentes, montando e desmontando hierarquias, como acabamos empacados num único modo?"

Como as lideranças podem desenvolver o liderar orgânico, complexo e sistêmico? é sobre isso que falamos no podcast No caminho a gente se explica! Ouça nas principais plataformas.

Quero compartilhar aqui, de um jeito simples, profundo e leve, o quanto as lideranças das organizações e as organizações em si necessitam criar espaços para dialogar e lidar com esses conceitos para continuarem sobrevivendo e prosperando no contexto em que a gente vive a Cultura.

Hoje em dia, qualquer empresa ou consultoria diz trabalhar com cultura e promover evolução cultural. O difícil mesmo é encontrar quem realmente faça e trabalhe com isso.

No contexto de incertezas, complexidade e transformações constantes que se intensificam cada dia mais, qual o papel da liderança? Eu vejo pelo menos 2 mais potentes e importantes: 1) Criar e sustentar um futuro novo (ou seja, a coragem de…

Como olhar para os contextos e problemas complexos e incertezas com as lentes da ciência que estuda a complexidade? Degustando uma bela sopa!

Conversamos com Cynthia Betti, responsável no Brasil pela Plan International. Falamos sobre transição de carreira e os desafios da liderança no terceiro setor. Veja o vídeo abaixo: Quem é a Cynthia hoje? Após essa transição de carreira A Cynthia está…

Como fazer boas escolhas e tomar decisões em situações complexas Uma situação complexa se caracteriza por ter infinitas variáveis com infinitas conexões entre elas. Vem da palavra complexus, que significa o que está tecido junto. E o que está tecido junto? Praticamente, tudo. Hoje quero ser rápido e focado para compartilhar 4 preciosos conselhos para quem já percebeu que, diante de situações complexas, usar os princípios e metodologias que aprendemos nas escolas de administração ou de gestão não têm sido muito eficientes para fazer boas escolhas ou tomar decisões estratégicas. (Como me proponho a ser rápido e focado, vou me permitir fazer algumas generalizações ou simplificações simplesmente por acreditar que elas facilitarão o entendimento e também trarão a curiosidade de uma pesquisa ou estudo mais profundo) Primeiro: procure perceber se está diante de uma situação simples, complicada ou complexa Numa situação simples, você tem poucas variáveis e conexões, conhece todas elas e consegue ter controle sobre elas. Quanto mais você pratica ou repete o procedimento, melhor é o resultado. Por exemplo, preparar um bolo, consertar uma peça. Boas metodologias para lidar com situações simples: receita, padrão, check list, etc. Numa situação complicada, você possui muitas variáveis e conexões simultâneas, conhece a maioria delas, consegue até controlá-las ou prever seu comportamento. Por exemplo, pilotar um avião, colocar um satélite em órbita. Veja, são situações realmente bem, bem difíceis, mas têm uma natureza semelhante às simples, geralmente são situações do “mundo mecânico”. Boas metodologias para lidar com situações complicadas: PDCA, 6 Sigma, modelos matemáticos e estatísticos, e todas as avançadas ferramentas de gestão, planejamento e controle. Agora, as situações complexas são de outra natureza. São infinitas variáveis com infinitas conexões interdependentes, tudo tecido junto (como já vimos no conceito). Não conhecemos todas as variáveis nem suas conexões e não conseguimos ter controle […]

A segurança oferecida por um emprego é uma obra de ficção que resolvemos acreditar. Acredito que o contexto e o mundo hoje nos convida a retomar a crença na potência e na abundância da vida em comunidade. Há 4 anos atrás decidi fazer uma mudança significativa em minha vida: abandonar a carreira em uma excelente empresa, num excelente cargo, com uma excelente equipe, com um excelente salário e excelentes benefícios para me associar a um grupo de empreendedores e não ter mais salário fixo, benefícios ou garantia de trabalho. Ao fazer esse movimento, muitas pessoas vieram me procurar para tentar entender o que eu estava fazendo e quais eram os porquês. Me alertaram e me aconselharam sobre o risco que eu estava correndo. Outros não entendiam como “agora que você chegou lá, vai abandonar tudo?”. Talvez os únicos mais calmos eram aqueles que conheciam as pessoas/profissionais com quem eu iria me associar ou tinham uma noção de qual movimento de vida estava envolvido nessa decisão. Eu estava, como poderia dizer, completamente tomado e envolvido. Alguma coisa dentro de mim me dava a clareza absurda de que o movimento fazia sentido, mesmo eu não sabendo explicar ou entender de maneira racional o que aquilo significava. E, desse lugar vinha a minha segurança: estou tomado pelo movimento, irei fazê-lo e não irei voltar atrás. Após esses poucos 4 anos de experiência, com os altos e baixos que a vida de empreendedor oferece, hoje começo a enxergar com alguma clareza cognitiva alguns aspectos desse movimento. E tenho conversado com muitos amigos e clientes sobre isso. Um desses aspectos é a segurança que um emprego oferece hoje em comparação a viver uma vida (insegura) como empreendedor. Eis o que aprendi… A segurança é uma crença. É uma construção subjetiva. Sendo assim, você procura segurança […]

O contexto que vivemos hoje, nos convida de maneira veemente e urgente a sermos adaptativos, como pessoas e como organizações. Somos todos sistemas vivos e complexos, como pessoas ou como organizações (ou comunidades, grupos, times). Por isso, qualquer movimento que desejamos fazer para evoluirmos, nos transformarmos ou nos adaptarmos, quer queiramos ou não, acaba acontecendo respeitando os princípios da complexidade e dos sistemas vivos. Vivemos, também, em um contexto explicitamente complexo, incerto, volátil e ambíguo. Quer queiramos ou não, nossas organizações e nossas instituições só sobreviverão caso se tornem sistemas adaptativos, que rápida e continuamente se transformam, aprendem e evoluem. Precisamos enxergar as organizações como sistemas vivos, tornando-as organizações adaptativas. Para desenvolvermos a adaptabilidade, a mais essencial das questões tem a ver com a qualidade das conexões entre as pessoas que fazem parte de uma organização/sistema e entre elas consigo mesmas. A qualidade da conexão consigo mesmo Nós somos um sistema propriamente dito. Se olharmos para os aspectos biológicos do nosso corpo, temos uma série de sistemas, organismos e seres interdependentes. Se olharmos para nossa mente, incluindo aí os pensamentos, crenças, o consciente, o inconsciente, alma, perspectivas, sentimentos, intuição e todos os aspectos intangíveis adicionamos ainda uma infinidade de elementos, personalidades, talentos e seres também interdependentes. Gosto muito de uma citação de Lévi-Strauss no livro Mito e Significado que diz: “Nunca tive, e ainda não tenho, a percepção do sentimento da minha identidade pessoal. Apareço perante mim mesmo como o lugar onde há coisas que acontecem, mas não há o ‘Eu’, não há o ‘mim’. Cada um de nós é uma espécie de encruzilhada onde acontecem coisas. As encruzilhadas são puramente passivas; há algo que acontece nesse lugar. Outras coisas igualmente válidas acontecem noutros pontos.” Somos uma encruzilhada, e nossa capacidade de perceber, sentir, experimentar, aprender e evoluir nossas conexões […]