Você gosta de jogar? Presentes desde a Antiguidade, os jogos revelam aspectos culturais, sociais e econômicos da nossa sociedade. Segundo o dicionário, jogo é toda e qualquer atividade em que exista a figura do jogador e regras para ser seguida. E assim como em locais recreativos, encontramos jogadores e diversas táticas acontecendo no local de trabalho. No livro Jogos Políticos das Empresas, Mauricio Goldstein classifica os jogos organizacionais e relata-os como comportamentos manipulativos que distraem os colaboradores de atingirem sua missão e seus objetivos. “ Hoje, quando muitas organizações estão lutando por sua sobrevivência e por recursos escassos, há um aumento no stress e na ansiedade e os colaboradores participam mais intensamente de jogos políticos do que no passado.” No livro os autores argumentam que os jogos políticos são tanto conscientes quanto inconscientes. Eles podem e devem ser efetivamente minimizados. Aprofundar nesse tema nos faz refletir que tipo de jogo estamos inseridos e como transformar essas jogadas onde todo mundo ganha. Assista o vídeo e entenda um pouco mais o que quer dizer Jogos Compre aqui: Jogos Políticos nas Empresas Prefácio de Luiz Seabra, Fundador e Co-Presidente do Conselho de Administração da Natura Tão logo as pessoas começaram…www.altabooks.com.br
Um mindset de liberdade é fundamental para dar espaço às mudanças. Ao lado do meu dia-a-dia como consultor na Corall, trago a rotina de atendimentos como coach e terapeuta. E foi neste contexto que me deparei com uma percepção importante sobre um dos elementos no mindset predominante hoje nas organizações, e talvez no mundo do trabalho, e que atua como elemento de repressão aos processos de mudança e transformação organizacionais. Recebi em semanas subsequentes duas pessoas que agendaram conversas comigo, e curiosamente, hoje pela manhã, tive mais uma conversa que trouxe à tona a mesma questão. Todos, cada um em seu caminho, haviam concluído processos de formação como terapeutas. Formações feitas em instituições distintas, linhas distintas e até mesmo países distintos. A dificuldade começou a ser expressada de forma dissimulada, não por evitarem, mas por não perceberem a princípio o que se apresentava. Pouco a pouco percebi as perguntas sobre o meu processo e o meu caminho e formação como terapeuta e aí então se mostrou lentamente a dificuldade deles em assumirem-se como terapeutas e assumirem o risco e a responsabilidade de oferecerem seu trabalho e acolherem as demandas. A origem da insegurança não vinha da dúvida sobre o seu conhecimento ou preparação, mas do medo de serem apontados por essa ou aquela pessoa ou instituição como alguém sem autorização para atender. Nenhum dos três tinha a formação original em profissões terapêuticas, mas todos dedicavam-se há anos ao aprofundamento no entendimento do ser e nos formatos possíveis para atender, acessar e ajudar pessoas em seus caminhos de reflexão, cura e evolução. No entanto, parecia a mim, e a eles, que nada podia cumprir com o papel de ter concluído um curso universitário que os permitissem atender. Digo, uma faculdade de psicologia, fisioterapia, medicina, ou qualquer outra que tivesse intrínseco na […]
Etapas que poderão contribuir na evolução da estrutura organizacional Muitas organizações iniciaram grandes mudanças estruturais em suas organizações com a intenção de se adaptar às necessidades do mundo altamente volátil e incerto, justamente por estas duas naturezas, sabemos que receitas prontas com resultados previsíveis são ilusórios =) Um novo aprendizado está emergindo, sintetizei em três etapas alguns deles para te ajudar nesta jornada rumo a liberação da potência criativa, inovadora e humana das organizações: Etapa de Preparação Identificação da Rede de Influenciadores Positivos Aqueles que serão acessados pela rede de colaboradores quando tiverem problemas, não são identificados somente pelo cargo, mas pela influência que exercem. Processos de coaching individual e/ou grupo para preparar os influenciadores. Mentoria do RH, Sócios e Diretores Trabalhar a mudança de modelo mental, exercício diferenciado do poder, tomada de decisão, posição, postura e papel. Workshops preparativos com as lideranças (aquelas que serão impactadas e poderão se tornar líderes do movimento de transformação) Workshop de relações horizontais, dinâmicas relacionais para conversas adultas. Workshop de gestão de conflitos, como lidar e o que faremos quando ocorrer? Workshop de Delegação, existem formas diferentes de delegar que geralmente não existiam no modelo tradicional vertical. Outros possíveis de acordo com a cultura e o modelo de negócio. Olhar para os processos atuais que envolvem a Gestão DE pessoas para COM pessoas. Processo seletivo, avaliação, feedback e outros que levem à coerência interna. Etapa de Implantação Co-design da nova estrutura Apresentação de modelos inspiracionais para entender as mudanças dentro do mundo VUCA e despertar o sentimento de não estar sozinho, é um movimento global. Implantação em um piloto Eleição de uma unidade para pilotar o desenho atual e levantar os aprendizados e refinamento do desenho (o desenho poderá ser versionado em ciclos de aprendizado). Implantação do novo desenho em toda organização. Preparação […]
O contexto que vivemos hoje, nos convida de maneira veemente e urgente a sermos adaptativos, como pessoas e como organizações. Somos todos sistemas vivos e complexos, como pessoas ou como organizações (ou comunidades, grupos, times). Por isso, qualquer movimento que desejamos fazer para evoluirmos, nos transformarmos ou nos adaptarmos, quer queiramos ou não, acaba acontecendo respeitando os princípios da complexidade e dos sistemas vivos. Vivemos, também, em um contexto explicitamente complexo, incerto, volátil e ambíguo. Quer queiramos ou não, nossas organizações e nossas instituições só sobreviverão caso se tornem sistemas adaptativos, que rápida e continuamente se transformam, aprendem e evoluem. Precisamos enxergar as organizações como sistemas vivos, tornando-as organizações adaptativas. Para desenvolvermos a adaptabilidade, a mais essencial das questões tem a ver com a qualidade das conexões entre as pessoas que fazem parte de uma organização/sistema e entre elas consigo mesmas. A qualidade da conexão consigo mesmo Nós somos um sistema propriamente dito. Se olharmos para os aspectos biológicos do nosso corpo, temos uma série de sistemas, organismos e seres interdependentes. Se olharmos para nossa mente, incluindo aí os pensamentos, crenças, o consciente, o inconsciente, alma, perspectivas, sentimentos, intuição e todos os aspectos intangíveis adicionamos ainda uma infinidade de elementos, personalidades, talentos e seres também interdependentes. Gosto muito de uma citação de Lévi-Strauss no livro Mito e Significado que diz: “Nunca tive, e ainda não tenho, a percepção do sentimento da minha identidade pessoal. Apareço perante mim mesmo como o lugar onde há coisas que acontecem, mas não há o ‘Eu’, não há o ‘mim’. Cada um de nós é uma espécie de encruzilhada onde acontecem coisas. As encruzilhadas são puramente passivas; há algo que acontece nesse lugar. Outras coisas igualmente válidas acontecem noutros pontos.” Somos uma encruzilhada, e nossa capacidade de perceber, sentir, experimentar, aprender e evoluir nossas conexões […]
Um olhar através das mudanças que estão acontecendo nas organizações após 5 anos dedicados a estudar e implementar modelos de gestão mais flexíveis em um mundo conectado e horizontal. O mundo está conectado e as Redes Sociais nos dão clareza deste fenômeno, temos a grande oportunidade de vivenciarmos este momento na história, que na minha visão é um privilégio. Os aplicativos estão cada vez mais fáceis de serem usados, com pouco conhecimento em tecnologia, através do celular, podemos comprar roupas, remédios, passagens aéreas, fazer transferências bancárias, absolutamente tudo na palma da mão. O curioso é que algumas organizações parecem desconectadas desta nova realidade, os colaboradores quando chegam em seus ambientes de trabalho, deparam-se com uma realidade totalmente diferente, encontram sistemas difíceis de serem utilizados, processos burocráticos sem sentido, baixa possibilidade de interação com as pessoas de cargos diferentes, baixa fluidez de comunicação, aparecem grandes barreiras físicas e mentais a todo momento. A provocadora frase de Gary Hamel “A ideologia de liderança e gestão que sustenta as organizações humanas de larga escala atualmente é tão limitante para o sucesso quanto a ideologia do feudalismo era limitante para o sucesso econômico nos séculos 16 e 17”, capta o quanto é fundamental para as organizações que querem seguir adiante repensar a Cultura, compreender os efeitos e as consequências que elas estão gerando no convívio entre as pessoas, produtos e serviços entregues para o mundo e então, evoluir para ambientes mais colaborativos, compartilhados, distribuindo o poder em tomada de decisões, criando movimentos mais ágeis, empoderando as pessoas para que sejam mais autônomas e responsáveis, mas conectadas ao zeitgeist (espírito do tempo), como resultado estarão mais próximas do potencial de realização. Eu tenho acompanhado alguns casos de transformação cultural e o que percebo é que a maioria dos colaboradores entendem que a cultura da sua […]
Esta questão aparece frequentemente nas interações com clientes em busca de organizações mais ágeis e atrativas para jovens. Quais as possíveis respostas? Esta pergunta tem aparecido com muita frequência nas interações que tenho com clientes em busca de organizações mais ágeis e que sejam atrativas para os jovens, cada vez mais exigentes em relação à qualidade do ambiente de trabalho e à cultura organizacional. Em entrevista recente que realizei com os fundadores do Love Mondays, empresa que registra comentários e avaliações espontâneas dos funcionários sobre suas organizações (são mais de 350 mil avaliações no Brasil até agora), “o fator que mais tem impacto na felicidade da pessoa no trabalho é a cultura da empresa”. Este cenário tem trazido uma pressão intensa sobre os “chefes”, de como devem envolver suas equipes e tornar o ambiente cada vez mais aberto a capturar os talentos e contribuições da cada indivíduo. De fato, o antigo chefe, hierárquico, voltado a dinâmicas de comando e controle, no manda quem pode e obedece quem tem juízo, vai se tornar uma figura cada vez mais rara. Na Corall, nossa consultoria que ajuda organizações em seus movimentos de evolução, temos recebido vários pedidos de clientes que veem como imperativo tornar suas estruturas mais horizontais, mais ágeis, com novos modelos para a tomada de decisão e distribuição da autoridade. E voltando à pergunta inicial, sobre se é possível uma organização existir sem “chefes”, sim, é possível e existem alguns exemplos de sucesso no mercado tanto internacional como nacional. Mas os casos ainda são muito raros e estão normalmente associados a empresas que já no seu nascimento tinham uma forte presença da autonomia e gestão participativa. Um caso famoso é o da maior processadora de tomates do mundo, a Morning Star, localizada no estado da Califórnia nos Estados Unidos. São mais […]
Tenho constatado que líderes empresariais estão cada vez mais conscientes da evolução acelerada de tecnologias e modelos de negócios; fico até surpreso ao ver como rapidamente estão trazendo para agenda de suas empresas questões sobre as implicações e impactos de todas essas novas forças transformadoras. Ao mesmo tempo experimento uma sensação de inquietude com relação a uma questão fundamental: será que estamos limitados pela nossa capacidade de percepção das ameaças e oportunidades que este novo contexto traz? São tantas possibilidades que surgem com cada novidade tecnológica que tenho a sensação que ficamos míopes de suas implicações, mais importante ainda, das oportunidades que cada uma delas e do efeito exponencial que a combinação entre elas trazem para nossos negócios, nosso trabalho e para nossas vidas. Considero que o maior gargalo no fluxo de geração de valor e prosperidade hoje em dia é nossa capacidade de entender e sentir essas implicações, afinal nosso “sistema operacional” básico não evolui há aproximadamente 300.000 anos: nosso processo inconsciente de filtrar os estímulos e informações, dar significado e agir/reagir no mundo continua a mesma desde que caçávamos nas savanas para nossa sobrevivência. Operamos no mundo através de modelos mentais, que são construídos e armazenados em nossas memórias subconsciente e inconsciente ao decorrer de nossa história. Esses modelos nos permitem navegar pela vida de forma eficaz, mas, num mundo em franca transformação e ebulição, talvez não sejam mais tão eficientes. Nesta forma de descrever o que está acontecendo, o fator fundamental para transformação dos negócios passa a ser a capacidade de evoluirmos nossos modelos mentais para lidar com a enormidade de informação e oportunidades que estão disponíveis. Para isso é preciso usar cognição e emoção de uma forma muito diferente do que é normal hoje em dia, ou seja, tipicamente usamos somente nossa capacidade analítica e conceitual. […]
A inteligência artificial já ocupa e ocupará grande parte do espaço, das atividades produtivas e dos empregos hoje ocupados por nós. E o que sobrará para nós? Quais espaços e oportunidades teremos nesse futuro já presente? O que era ficção científica até há poucos anos atrás agora torna-se um fato. A inteligência artificial, a transformação digital, a exponencialização, deep learning e a robotização já são uma realidade. Máquinas que pensam, aprendem, se transformam com o que aprendem, interagem entre si e com os seres vivos, realizam atividades complexas, ensinam o que aprendem, realizam atividades cognitivas e racionais, entendem de comportamento, reconhecem e transmitem sentimentos. Robôs e computadores que já conseguem ter a mesma capacidade de processamento de um cérebro humano e, já já, terão a capacidade de processamento equivalente a todos os cérebros humanos. Existem drones e veículos autônomos, que se dirigem sozinhos e fazem entregas de produtos ou transportam pessoas e coisas. Existem turbinas de avião que conseguem se consertar sozinhas e compartilhar o que aprenderam com as outras turbinas, para que elas evitem passar pelo mesmo problema. Existem milhares de jovens criando organismos vivos, e, assim como nos anos 70 e 80 se reuniam em garagens para prototipar computadores, sistemas operacionais e programas, hoje se reúnem em “cozinhas” para fazer manipulação genética e prototipar organismos vivos que podem exercer uma série de funções. Existem robôs que conduzem conversas complexas, entendendo o ser humano e o aconselhando, propondo soluções específicas para a vida de cada pessoa, mesmo no campo emocional. Existem sistemas complexos para garantir a segurança de informações e transações digitais como o blockchain que viabiliza, entre outras coisas, a criação segura de moedas digitais (como Bitcoin) e a sua livre transação entre pessoas, sem a necessidade de bancos ou outros intermediários. E existem muitas, muitas atividades de […]
Por Erica Isomura, consultora Corall . Espiritualidade Organizacional, um tema relevante para a Gestāo das Organizaçōes no século XXI. Falar sobre espiritualidade organizacional no século XX era quase um tabu, atualmente este tema passa a ser incorporado e discutido mais abertamente. Veja porque é importante incluirmos no nosso mindset esta importante dimensão, até entāo esquecida ou negligenciada…. O que é Espiritualidade? Em primeiro lugar é importante ressaltarmos que espiritualidade nāo é religiāo embora exista uma conexão, sāo conceitos diferentes. A espiritualidade está relacionada com as qualidades do ser humano, com o desejo interior de propósito e comunidade, dentro dela conceitos psicológicos positivos como amor, paciência, compaixāo, tolerância, perdāo, contentamento, responsabilidade pessoal e sensaçāo de harmonia com o meio ambiente, enquanto a religiāo se preocupa com um sistema de crenças, ritos, cerimônias e práticas formais. Por que uma empresa precisa se preocupar com a espiritualidade? A preocupação com a espiritualidade nas organizações começou por volta da década de 90 com os autores da Psicologia Positiva, que entendiam que as pessoas expressavam muito mais do seu SER (da sua essência) no trabalho, do que meramente suas habilidades nas tarefas físicas ou intelectuais exigidas para o cargo exercido. Ou seja, elas apresentavam também aspectos relacionados à sua essência, e que ao permitir esta expressão de seu “verdadeiro eu” no trabalho poderiam conduzir a uma postura de trabalho com mais significado e produtividade. Até o século XX, o modelo de gestāo organizacional ignorou o espírito humano no ambiente de trabalho e isso causou a desconsideraçāo de uma característica fundamental, que influencia a criatividade, bem-estar, desempenho, comprometimento, trabalho em equipe, atitude no trabalho, liderança, stress/sobrecarga, satisfação no trabalho e realização pessoal. O século XXI é marcado pelos “trabalhadores do conhecimento”, pessoas que buscam muito mais do que uma simples troca econômica, pessoas que procuram conectar seu […]
“Steve Austin. Astronauta. Um homem semimorto. Senhores, nós podemos reconstruí-lo. Temos a capacidade técnica para fazer o primeiro homem biônico do mundo. Steve Austin será este homem. Muito melhor do que era. Mais forte, mais rápido”. Este era o texto de abertura da série Cyborg, O Homem de Seis Milhões de Dólares que estreou no dia 18 de janeiro de 1974, pela rede ABC e esteve no ar até 1978. Gravemente ferido, ele é levado à sala de cirurgia onde é submetido a uma operação que substitui seu olho e braço direito, bem como as duas pernas, por partes biônicas. Seus novos membros lhe dão a capacidade de enxergar a longas distâncias, bem como uma visão infravermelha, além de ser capaz de correr em alta velocidade. E ele começa a fazer missões como agente para o governo americano. Eu pessoalmente adorava assistir à série quando passou no Brasil. Acho que combinava um quê de jornada do herói com cibernética e tecnologia, uma certa humanidade e até espírito romântico com desafios e conquistas concretas. E talvez tenha inconscientemente sido uma inspiração para minha paixão por organizações e como estas funcionam: um misto de homem e máquina. Me explico melhor: estamos vivendo uma transição importante na sociedade, com uma mudança de valores, de longevidade, de tecnologia, de conectividade e consequentemente novas formas de fazer negócio (veja infográfico abaixo). E esse novo contexto pede às empresas que funcionem de um novo jeito: mais baseadas em propósito e valores, orientadas externamente, empreendedoras, com autonomia e colaboração, as pessoas expressando todo o seu potencial e com lideranças mais naturais e inspiradoras. Ou seja, mais humanas, mais orgânicas e mais responsivas ao mundo. Buscamos criatividade, energia e adaptação das pessoas a um ambiente VUCA (sigla em inglês para Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). Ao mesmo tempo, […]