Entrevista concedida ao Valor Econômico em 26 Set. 2019 pela sócia Erica Isomura. Por Adriana Fonseca A síndrome de Burnout recebeu uma nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em maio deste ano e agora é considerada um “fenômeno…
A Síndrome de Burnout, o que ela nos revela sobre os contextos organizacionais? A Síndrome de Burnout, o que ela nos revela sobre os contextos organizacionais?A Síndrome de Burnout ganhou espaço nas discussões cotidianas desde o dia 28 de maio…
Saí encantado da entrevista com o executivo. Impressionou-me a rara capacidade de combinar o pragmatismo e o foco nos resultados numéricos. Além da preocupação genuína com as pessoas… Um líder genuinamente inspirador! Contei a história para a cliente, que surpresa…
Mulheres em organizações: a força ainda não revelada do feminino Como mulher, coach e consultora, tenho vivido e observado uma evolução na inclusão das mulheres em organizações. Esta evolução, ao meu ver, está no estágio de um broto que acaba…
Libere seu potencial criativo através da conexão corpo e mente Conexão corpo e mente não é um conceito novo, mas tem um alcance muito maior do que você imagina. Práticas simples de consciência corporal e respiração agem como chaves que abrem portas e ampliam nossa capacidade mental e emocional! Antes de continuar a ler este texto, pare um instante e observe como está seu corpo. Da ponta dos pés até o topo da cabeça, observe se você sente algum desconforto, dor ou tensão em alguma parte do corpo e se na medida que toma consciência é possível relaxar um pouco mais a musculatura envolvida. Talvez neste momento você esteja pensando “Nossa, não tinha nem notado!” De forma geral todos nós transferimos nossas tensões mentais e emocionais para o nosso corpo e a repetição destes padrões mentais e emocionais vem acompanhada de tensões musculares. Referências na conexão corpo e mente: Este conceito de conexão corpo e mente não é novo, na verdade vários são os estudiosos neste campo. Quem tiver interesse em se aprofundar recomendo estudar Wilhelm Reich, Alexander Lowen e Moshe Feldenkrais. Feldenkrais desenvolveu um método que leva seu nome. Ele propõe movimentos lentos com profunda consciência corporal, ajudando assim a perceber nossas tensões e libera-las, sendo que ao fazer estes movimentos no corpo, movemos também nosso pensar e sentir. Ele dizia: “Uma mudança fundamental na base motora, dentro de cada padrão simples de integração, quebrará a coesão do todo, e deste modo, o pensamento e o sentimento perdem sua sustentação nas rotinas estabelecidas. Nestas condições, é muito mais fácil efetuar mudanças no pensamento e nos sentimentos, porque o componente muscular, através do qual o pensamento e o sentimento alcançam nossa consciência, mudou e não mais exprime os padrões familiares preexistentes. O hábito perde seu maior suporte — o dos músculos — e se torna […]
Transgredir para crescer Por Marcio Svartman Na semana passada fomos convidados para conduzir o fechamento de um intenso programa de líderes organizado em um de nossos clientes para intensificar o desenvolvimento de seus jovens potenciais. Junto com um de meus sócios, os convidamos a um dia de celebração e reflexão, e os desafiamos com a seguinte pergunta: Qual é a transgressão que você oferece? Em nome de um futuro no qual acredite, que transgressão você oferece, com todo o seu amor e toda a sua bravura, que convide sua empresa e seu grupo a um passo de evolução? Sim. Transgredir é ação essencial da evolução. É argamassa central da inovação e atitude visceral das lideranças. A evolução de um sistema dá-se num processo linear constante, mas este, em si, não é suficiente para a geração de um sistema de sucesso. O grau de adaptabilidade e aprendizagem necessário a um sistema é maior do que pode ser alcançado por sistemas lineares processuais de evolução. É necessário que o sistema viva saltos de evolução quânticos, provocados por disrupções desafiadoras, tentativas aventureiras e líderes destemidos sedentos por transformarem algo para incentivar o ciclo de morte e renascimento. Todos esses, movimentos essencialmente transgressores. Os seres vivos evoluem também de forma linear, mas mutações acontecem para coroar saltos de melhoria e desconcertar o equilíbrio aparente existente e permitir um futuro renovado. Parece simples, mas não o é. Os sistemas protegem-se das transgressões. Os profissionais, como consequência de sua vontade de sobreviver no sistema, aprendem lentamente a classificarem de subversivas as transgressões. Aprendem a evita-las e, pior, temê-las. Pior ainda, aprende a não fazê-las e, quando fazem, as escondem. Acreditando que elas são apenas ruins, não transgridem no que é essencial, e deixam sua capacidade transgressora morrer ou manifestar-se em temas éticos onde elas não deveriam ocorrer. […]
Sua realidade é fruto da lente que você usa para vê-la Outro dia lembrei-me de uma história onde um amante da natureza, que adorava fazer caminhadas por trilhas, conseguiu chegar ao topo de uma montanha num dia lindo. Deste ponto, conseguiu ver o vale verdejante por muitos e muitos quilômetros. Naquele dia ensolarado, depois de horas de esforço, sentia-se profundamente conectado à natureza e ao Divino. Nunca havia encontrado tamanha paz e unidade com o Universo. Viveu o sentimento de estar no Paraíso. De repente, ouviu um barulho diferente, que lhe lembrou o rugido de um felino. Que animal poderia estar ali por perto? Quem sabe lhe espreitando? Talvez esperando um bom momento para dar o bote? E se imaginou morrendo nas garras e dentes de uma fera. Foi invadido por um medo profundo e lembrou de sua família e amigos que nunca mais veria. Estava encurralado no alto de uma montanha, prestes a morrer sem poder se despedir de seus entes queridos. Nunca tinha passado por uma situação tão infernal. Do paraíso ao inferno em um segundo. A descida da montanha foi com muito medo e angústia, mas nada aconteceu. Para mim, o mais interessante desta história foi a mudança da percepção da realidade em um instante. Nada do que existia externamente e que levou este indivíduo ao estado de êxtase, deixou de existir. A única mudança, um ruído que o levou a criar uma história aterrorizante, gerou um dos maiores estresses que já viveu. Por mais improvável que fosse a existência da suposta ameaça, o medo arrebatou-lhe, levando-o a manter sua atenção, seu foco na história que criou para si. Lembrei desta história num dia que estava muito abalado com alguns acontecimentos e decisões tomadas no Congresso Nacional, decisões estas que vão trazer dificuldades gigantescas para o próximo governo, […]
Dia 12 de junho é muito mais do que o Dia dos Namorados e da troca de presentes entre os apaixonados. Nesta data também celebramos o dia do “enxergar além do próprio umbigo, escutar de coração aberto e fluir na mesma vibe”. Dia 12 de junho é também o Dia Mundial da Empatia. Para nos ajudar a refletir sobre a empatia, fizemos uma coletânea a respeito desse assunto com os artigos que tratam desse tema e já publicamos em nosso blog: “Nas previsões não vi ninguém apostando que teremos um ano marcado pela empatia. Pelo contrário, em ano de eleições a tendência é a ampliação da polarização e do debate que, não raras vezes, passa longe, muito longe de qualquer traço de empatia. A desumanização não é só um mito ou uma teoria. O historiador israelense Yuval Noah Harari, ao se debruçar sobre nosso passado, identificou espécies humanas que teriam desaparecido justamente por sua incapacidade de formar laços sociais mais fortes. Ao contrário do Homus Erectus e dos Neandertais, algumas das espécies humanas que conviveram conosco acabaram extintas. “Os Sapiens puderam desenvolver tipos de cooperação mais sólidas e mais sofisticadas” (Harari, Y. N. 2014), numa prova de que a cooperação social foi — e continua sendo — a chave para nossa sobrevivência e reprodução. Cada um de nós pode usar, no dia-a-dia, dois tipos de paradigmas quando nos defrontamos nas nossas relações com situações que fogem do resultado que esperamos. De acordo com o primeiro paradigma, se algo deu ou está dando errado, alguém, e normalmente o outro (ou outros), é o culpado. E assim naturalmente penso: como faço para mudar o outro? O que é preciso fazer para “consertar”, para “corrigir” o culpado? Não temos consciência, mas no fundo estamos usando a lógica cartesiana, a mesma lógica onde dois mais dois […]
Cresce fortemente o uso de técnicas para melhorar a capacidade de foco e coerência psicofisiológica no mundo. Nossa capacidade atual de entendimento dos intricados mecanismos de funcionamento da mente-corpo tem proporcionado oportunidades de inovação e criação de mercados latentes e até então não explorados. E o resultado de tudo isso são pessoas com melhor capacidade de gestão de estresse, maior centramento e disponibilidade e mais produtividade e inovação nas empresas. Um recente estudo publicado em 2017 pela Marketdata Enterprises, intitulado The U.S. Meditation Market, estima que o mercado americano de US$ 1,2 bilhões em 2017 crescerá a uma taxa anual de 11,4% até 2022. Existem mais de 1.000 aplicativos de meditação e mais de 2.500 estúdios específicos que geralmente trabalham em parceria com estúdios de Yoga; a abundância de recursos nunca foi tão grande. Segundo o relatório, “nos últimos 20 anos, os programas baseados em meditação e mindfulness tornaram-se cada vez mais importantes no ocidente. Os médicos estão adotando a meditação não porque eles acham que é legal ou está na moda, mas porque estudos científicos estão começando a mostrar que ela funciona, particularmente para condições relacionadas ao estresse.” Para aqueles que já praticam algum tipo de mindfulness, gostaria de dar uma dica do que considero um segundo passo para uma prática de meditação mais profunda, que é a capacidade de se desmaterializar. Esta semana fui experimentar uma destas ferramentas, um tanque de flutuação. A ideia não é nova, desde a década de 1950 que cientistas estudam essa técnica para saúde mental. Em 2005 uma meta-análise de estudos realizados até então concluiu que é um processo que ajuda muito na gestão de estresse. O tanque fica em uma sala isolada que você pode trancar por dentro para ter mais privacidade. Você fica imerso numa solução de sal de Epsom à […]
A segurança oferecida por um emprego é uma obra de ficção que resolvemos acreditar. Acredito que o contexto e o mundo hoje nos convida a retomar a crença na potência e na abundância da vida em comunidade. Há 4 anos atrás decidi fazer uma mudança significativa em minha vida: abandonar a carreira em uma excelente empresa, num excelente cargo, com uma excelente equipe, com um excelente salário e excelentes benefícios para me associar a um grupo de empreendedores e não ter mais salário fixo, benefícios ou garantia de trabalho. Ao fazer esse movimento, muitas pessoas vieram me procurar para tentar entender o que eu estava fazendo e quais eram os porquês. Me alertaram e me aconselharam sobre o risco que eu estava correndo. Outros não entendiam como “agora que você chegou lá, vai abandonar tudo?”. Talvez os únicos mais calmos eram aqueles que conheciam as pessoas/profissionais com quem eu iria me associar ou tinham uma noção de qual movimento de vida estava envolvido nessa decisão. Eu estava, como poderia dizer, completamente tomado e envolvido. Alguma coisa dentro de mim me dava a clareza absurda de que o movimento fazia sentido, mesmo eu não sabendo explicar ou entender de maneira racional o que aquilo significava. E, desse lugar vinha a minha segurança: estou tomado pelo movimento, irei fazê-lo e não irei voltar atrás. Após esses poucos 4 anos de experiência, com os altos e baixos que a vida de empreendedor oferece, hoje começo a enxergar com alguma clareza cognitiva alguns aspectos desse movimento. E tenho conversado com muitos amigos e clientes sobre isso. Um desses aspectos é a segurança que um emprego oferece hoje em comparação a viver uma vida (insegura) como empreendedor. Eis o que aprendi… A segurança é uma crença. É uma construção subjetiva. Sendo assim, você procura segurança […]