Nosso modelo mental tende a orientar as decisões mais complexas para as pessoas que estão hierarquicamente acima, os efeitos colaterais deste modelo são diversos e sim, é possível delegar sem crise
O que tira o sono do CEO. E do RH também O consultor Fabio Betti participou desta matéria de capa da Revista Melhor RH. Leia abaixo na íntegra Contratar talentos está difícil para 52% dos CEOs brasileiros É como se…
Diversidade de pensamento–Você valoriza pensamentos diferentes dos seus? Por Alessandra Almeida Diversidade é um tema que ganhou destaque principalmente nos últimos anos. Debatido de várias formas como: escolha sexual, origem étnica, escolaridade, dentre outros, surge como sendo não apenas importante para nosso convívio harmônico, mas como um elemento fundamental para a evolução e inovação das empresas e da sociedade. Na minha opinião, o nosso maior desafio é a diversidade de pensamento. É muito bonito defender a diversidade de pensamento, mas sua prática é bem mais desafiadora do que parece. Nestas últimas eleições observei com espanto a enorme polarização que ocorreu, incluindo pessoas que no meu convívio próximo aparentavam ser muito dialógicas, mas que de alguma forma foram arrebatadas por uma onda de certeza de que seu ponto de vista era “o correto” e que tudo mais representava algo a ser combatido. E não podemos atribuir este fenômeno apenas as fake news, elas fizeram sim parte dos ingredientes desta receita de intolerância, mas este bolo desandou por uma combinação de ingredientes que talvez nunca tenhamos olhado com o devido cuidado. De um lado temos um grupo que se diz anticorrupção e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que roubar é errado…do outro lado temos um grupo que se diz contra o preconceito e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que preconceito é errado. Com quase nenhuma disposição para o diálogo, frases acusatórias e de indignação pela escolha alheia, inundaram as redes sociais, muitas vezes entre parentes ou amigos que se conhecem a anos! Se perguntarmos isoladamente se roubar ou ter preconceito são nocivos a sociedade, 99,9% vão provavelmente concordar que sim, mas não é somente disto que estamos falando. Me parece que este fenómeno é uma demonstração clara da síndrome da única história, […]
Quem quer dinheiro? Empresas ágeis, organizações em rede, gestão horizontal, holocracia, economia criativa, economia colaborativa, sistema B, capitalismo consciente. Melhor você ir se acostumando com esse vocabulário, pois, mais do que palavras, ele é uma resposta criativa à crise dos…
Dia 12 de junho é muito mais do que o Dia dos Namorados e da troca de presentes entre os apaixonados. Nesta data também celebramos o dia do “enxergar além do próprio umbigo, escutar de coração aberto e fluir na mesma vibe”. Dia 12 de junho é também o Dia Mundial da Empatia. Para nos ajudar a refletir sobre a empatia, fizemos uma coletânea a respeito desse assunto com os artigos que tratam desse tema e já publicamos em nosso blog: “Nas previsões não vi ninguém apostando que teremos um ano marcado pela empatia. Pelo contrário, em ano de eleições a tendência é a ampliação da polarização e do debate que, não raras vezes, passa longe, muito longe de qualquer traço de empatia. A desumanização não é só um mito ou uma teoria. O historiador israelense Yuval Noah Harari, ao se debruçar sobre nosso passado, identificou espécies humanas que teriam desaparecido justamente por sua incapacidade de formar laços sociais mais fortes. Ao contrário do Homus Erectus e dos Neandertais, algumas das espécies humanas que conviveram conosco acabaram extintas. “Os Sapiens puderam desenvolver tipos de cooperação mais sólidas e mais sofisticadas” (Harari, Y. N. 2014), numa prova de que a cooperação social foi — e continua sendo — a chave para nossa sobrevivência e reprodução. Cada um de nós pode usar, no dia-a-dia, dois tipos de paradigmas quando nos defrontamos nas nossas relações com situações que fogem do resultado que esperamos. De acordo com o primeiro paradigma, se algo deu ou está dando errado, alguém, e normalmente o outro (ou outros), é o culpado. E assim naturalmente penso: como faço para mudar o outro? O que é preciso fazer para “consertar”, para “corrigir” o culpado? Não temos consciência, mas no fundo estamos usando a lógica cartesiana, a mesma lógica onde dois mais dois […]
5 anos, 12 aprendizados Confira a perspectiva de cada um dos 12 sócios sobre os aprendizados com nossos clientes ao longo desses 5 anos de vida da Corall Consultoria. No mês de aniversário de 5 anos da Corall, pedimos aos 12 sócios que trouxessem um insight sobre o que temos aprendido trabalhando com nossos clientes ao longo tempo. O resultado é um apanhado de perspectivas poderosas que convidam a refletir e a inovar a ótica sobre o trabalho e o processo contínuo de liberar a potência das pessoas e das organizações. Confira a perspectiva de cada um! Navegando em mares nunca dantes navegados (Alessandra Almeida) A necessidade de reinvenção das empresas em um mundo em constante transformação tem criado ainda mais pressão nas pessoas! Tenho percebido a enorme diferença que práticas como mindfulness e o conhecimento dos modelos mentais e sua influência na forma como lidamos com as situações desafiadoras pode fazer toda a diferença entre experienciarmos uma crise de stress ou liberarmos toda nossa capacidade criativa para evoluir! Os sistemas contém as próprias soluções (Alessandro Gruber) Tenho aprendido a enxergar as organizações como sistemas vivos, e assim percebemos a incrível potência e inteligências que um sistema já possui para encontrar suas próprias soluções para seus dilemas complexos. Sempre existe, em algum lugar da organização, um grupo praticando uma solução que parece impossível para os demais, ou pessoas desafiando padrões e estereótipos criando novos mindsets e possibilidades, ou ainda, existem informações e narrativas disponíveis, mas ainda escondidas, inconscientes que, quando acessadas, promovem transformações significativas. Integrando o pessoal com o profissional (Angélica Moretti) Percebi o crescimento contínuo e o interesse cada vez mais visível das pessoas incluírem no mundo do trabalho, reflexões e anseios que antigamente estavam restritos a conversações da vida pessoal e íntima. Palavras como amor, alma e evolução […]
Um banho de mar e de gestão Ontem acordei bem cedo e resolvi fazer uma longa remada. Em pé na prancha, buscando um movimento ritmado, percebi claramente o quanto ele não poderia, jamais, tornar-se apenas um movimento mecânico. Uma repetição sequencial invariável. Em pouco mais de uma hora é incrível o volume de diferentes momentos que podem acabar confundindo-se apenas com um marasmo e repetição, se não estivermos disponíveis a uma observação livre e curiosa. Sim, a remada tende a tornar-se o mais homogênea possível. Uma cadência entorpecente que permite seguir uma longa jornada. Mas poucos elementos do contexto seguem iguais. Ousaria dizer até mesmo que nenhum deles o faz. Na ida comecei contra a correnteza, como rege a norma de uma navegação segura. Afinal, na volta, cansado, poderia retornar com ela me favorecendo. Comecei cheio de energia, e logo fui brindado pela visita de uma imensa tartaruga a me espiar com curiosidade. Aquela presença me encheu de energia. Segui remando pensando como era abençoado de iniciar assim uma segunda feira. Mas a correnteza seguia correndo contra a minha direção e agora eu tomava consciência de que o vento estava forte, e ia também na direção contrária. O movimento repetitivo não permitia ao meu corpo um ritmo mecânico, afinal, a água nada tem de estável e as ondas diagonais me obrigavam a constantemente manter meu corpo em um alerta relaxado, constantemente me reequilibrando a cada onda. Mas este reequilibrar dependia de um corpo atento, mas flexível e entregue. Tentar olhar para cada onda que se aproximava não parecia uma boa alternativa. Olhando para a onda eu invariavelmente perdia o equilíbrio. Assim eu ia remando, mantendo um ritmo forte e agradável. Logo o cansaço começou a se fazer presente, e comecei a perceber que uma parte importante da minha sensação de […]
Dois sócios de minha mais nova empreitada — uma organização em rede que combina serviços de consultoria e agência de comunicação — voltaram de uma reunião com um briefing para a criação de uma campanha. Como se tratava de uma concorrência, escolheram tocar o desafio apenas entre eles. Alegavam que não queriam envolver outras pessoas numa situação de alto risco, haja vista que várias agências — algumas, inclusive, maiores e mais experientes que a nossa — estavam no páreo. Lancei a provocação: “Por que não perguntam para as pessoas se topam participar no risco?” Colocada a pergunta, surpresa! Praticamente quase todos da rede não só aceitaram o desafio como participaram ativamente — por WhatsApp, que era a forma possível para uma noite de sexta-feira. Um dos dois que trouxe o briefing puxou a liderança para si, enquanto todos os outros desafiavam as primeiras ideias, traziam novas sugestões, apresentavam referências, criavam textos, chamadas, propunham e revisavam peças. Me chamou a atenção a quantidade e a qualidade das trocas, construtivas, respeitosas, mas também assertivas, autorais, apaixonadas. Sim, ganhamos a concorrência, o que deixou a todos muito felizes e orgulhosos. Mas o que mais nos encantou foi a forma como fizemos para chegar lá. Foi um processo intenso e divertido, mas, sobretudo, muito colaborativo. E, ao olhar o processo todo pelo retrovisor e me perguntar o que teria se passado para que ele ocorresse dessa forma, veio mais uma vez uma frase que martela há anos em minha cabeça: As pessoas querem colaborar. Só não querem ser enganadas, ou se sentirem usadas. E o que fizemos que contribuiu para o emergir dessa cultura colaborativa sem efeitos colaterais pode ser resumido em quatro grandes princípios: Conexão a um propósito comum — estamos construindo uma nova organização. O desafio colocado era mais uma forma poderosa para colocar esse propósito em prática, algo desejado por todos que fazem […]
Feliz ano novo, de novo! Vamos olhar para o que está acontecendo no planeta e identificar qual a responsabilidade de cada um em causar um impacto positivo através de seu trabalho. Depois do carnaval, mais uma vez, o ano começa! Muitos desafios, incertezas, volatilidade, paradoxos, etc. Mas queria convidar você, antes de entrar na roda viva do dia a dia, a relembrar o grande olhar para o que está acontecendo no planeta e a responsabilidade das empresas e, em última instância, sua, de deixar um impacto positivo também através de seu trabalho. Recomendo, se ainda não viram, que assistam ao documentário estrelado por Leonardo de Caprio, www.beforetheflood.com, que apresenta sua jornada de descobertas pelo mundo depois de apontado pela ONU como embaixador para o meio-ambiente. No meu ponto de vista, o mais importante após essa narrativa de olhar expandido sobre o que está acontecendo de forma cada vez mais acelerada, é agir. Pequenas ações, pontos de acupuntura que nos ajudem, como sociedade e empresas, a responder também de forma acelerada, aos desafios que se apresentam. Gostaria de finalizar oferecendo para você algumas ações simples que, como cidadão ou como líder em sua empresa, nos ajudarão a nos movermos em uma boa direção para promover mais vida! Consuma de forma diferente, o que você compra, o que você come, que tipo de energia você usa, como pessoa ou como empresa; Apoie os políticos que apresentam leis e votam por políticas transformadoras, que facilitam e incentivam investimentos em energia renovável, em negócios sustentáveis e que direcionem a inovação para ciclos produtivos que impactem positivamente a sociedade e o planeta; Divulgue e converse com seus colegas e suas redes. Toda vez que lembro porque faço o que faço no trabalho qualquer desafio ou questão se tornam muito mais fáceis! Bom início de ano! Artigo […]