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Inovação

Reinventando a educação para as novas organizações

Reinventando a educação para as novas organizações Por Erica Isomura, sócia-consultora Corall. Acredito que boas histórias precisam ser compartilhadas e a história que compartilharei hoje é a do Centro Universitário Celso Lisboa que conheci há um ano e fui completamente envolvida pelo propósito de Reinventar a Educação Universitária no Brasil. A REINVENÇÃO DA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA Após 46 anos de história a Celso Lisboa se percebeu como uma tradicional commodity de ensino universitário e resolveu se reinventar, transformando-se em uma startup de aprendizagem, saindo do modelo linear de conteúdo programático para o desenvolvimento de competências necessárias para o mercado de trabalho atual. A Celso Lisboa, quebrou as paredes das salas de aula, integrou os espaços e disponibilizou o conteúdo virtualmente: https://celsolisboa.edu.br/liga A relação professor-aluno foi transformada, por acreditar que o professor não é o dono do saber e o aluno um depósito de conteúdo, há troca constante e os projetos simulam situações empresariais, problemas que os alunos enfrentarão no mercado de trabalho. As aulas são interativas, orientadas para a busca de soluções a partir de pesquisas e o principal papel dos professores é desafiar, para que o aluno aprenda a aprender. Além as mudanças estruturais e relacionais, houve também a inclusão da tecnologia como grande aliada nesta transformação, o conteúdo pode ser acessado remotamente pelo aluno a qualquer momento e os encontros nas salas de aula são como grandes laboratórios de desenvolvimento de habilidades sociais, tais como: trabalho em equipe, autonomia com responsabilidade, feedback entre os pares, comunicação e expressão, fundamentais para o mercado de trabalho cada vez mais colaborativo, compartilhado, experimental e ágil. A LIGA, a metodologia de ensino da Celso Lisboa tem como princípios: A Tecnologia gerando espaços de aprendizagem que estimulam a autonomia e a liberdade. A Relação horizontal entre professor-aluno construindo parcerias que levam ao respeito das […]

Transformação de dentro para fora

Transformação de dentro para fora Por Vicente Gomes, sócio-consultor Corall Acabei de sair de um encontro promovido pela Digital House, uma escola de programação que está ajudando o ecossistema de digitalização de negócios a crescer. O tema foi Corporate Innovation e empresas como Telefonica, P&G e Ambev foram compartilhar suas experiências em como estão agindo no novo cenário de disrupção digital e de negócios. O resumo da ópera foi que duas delas já criaram times fora da organização principal para identificar, nutrir e desenvolver startups que conversem com seus negócios em vários níveis, tanto com soluções de melhoria de processos internos quanto em modelos de negócios e outras formas de se relacionar com seus clientes. A Ambev tem a ZX Ventures e a Telefonica a Wayra e outras frentes tais como a Alpha, para projetos moonshot de longo prazo. Também existem iniciativas feitas dentro das próprias empresas, bottom-up, com muito esforço e resiliência, surgindo de pessoas que querem fazer diferente e que com o tempo são apresentadas para o top management para apoio institucional e suporte financeiro. Isso acontece na P&G e na própria Ambev, como na área de procurement e sustentabilidade, que apresentou como estão atraindo startups para ajuda-los a agregar mais valor. Um ponto que me chamou a atenção foi a não priorização de se transformarem elas mesmas para sobreviverem neste novo cenário de mudanças rápidas e complexas, incluindo a transformação tanto de mindset quanto das formas de trabalho para uma mais ágil e responsiva às essas necessidades mutantes. Todos os painelistas apontaram a cultura de suas organizações como o principal desafio para inovar, a maneira como as coisas são feitas hoje e as premissas tácitas a partir das quais os processos são executados, como por exemplo, a necessidade de compliance e controle que uma grande empresa tem. Uma […]

E depois do mindfulness, qual o próximo passo?

Cresce fortemente o uso de técnicas para melhorar a capacidade de foco e coerência psicofisiológica no mundo. Nossa capacidade atual de entendimento dos intricados mecanismos de funcionamento da mente-corpo tem proporcionado oportunidades de inovação e criação de mercados latentes e até então não explorados. E o resultado de tudo isso são pessoas com melhor capacidade de gestão de estresse, maior centramento e disponibilidade e mais produtividade e inovação nas empresas. Um recente estudo publicado em 2017 pela Marketdata Enterprises, intitulado The U.S. Meditation Market, estima que o mercado americano de US$ 1,2 bilhões em 2017 crescerá a uma taxa anual de 11,4% até 2022. Existem mais de 1.000 aplicativos de meditação e mais de 2.500 estúdios específicos que geralmente trabalham em parceria com estúdios de Yoga; a abundância de recursos nunca foi tão grande. Segundo o relatório, “nos últimos 20 anos, os programas baseados em meditação e mindfulness tornaram-se cada vez mais importantes no ocidente. Os médicos estão adotando a meditação não porque eles acham que é legal ou está na moda, mas porque estudos científicos estão começando a mostrar que ela funciona, particularmente para condições relacionadas ao estresse.” Para aqueles que já praticam algum tipo de mindfulness, gostaria de dar uma dica do que considero um segundo passo para uma prática de meditação mais profunda, que é a capacidade de se desmaterializar. Esta semana fui experimentar uma destas ferramentas, um tanque de flutuação. A ideia não é nova, desde a década de 1950 que cientistas estudam essa técnica para saúde mental. Em 2005 uma meta-análise de estudos realizados até então concluiu que é um processo que ajuda muito na gestão de estresse. O tanque fica em uma sala isolada que você pode trancar por dentro para ter mais privacidade. Você fica imerso numa solução de sal de Epsom à […]

Não seja refém dos seus talentos

Este título te deixa confuso? Pois é, normalmente pensamos nos nossos talentos apenas como forças, não é mesmo? Claro que nossos talentos são forças, isto ninguém tem dúvida, pois é através deles que expressamos o que temos de melhor e somos reconhecidos por isto! E nesta mesma descrição, secretamente reside o outro lado da moeda… Vamos pensar em um talento para entender como este efeito “refém” acontece. Imagine uma pessoa que é reconhecida como a mais divertida de um grupo. Parece ótimo, não é mesmo? Você será o primeiro a ser convidado para as festas e todos querem ter conversas divertidas com você. Mas para os assuntos sérios ou filosóficos, será que vão te chamar? Bem, provavelmente não… Outro exemplo é se você é considerada uma pessoa equilibrada e calma. Outro ótimo talento não é mesmo? As pessoas comentam: “O mundo está caindo e fulano se mantem calmo e equilibrado!”. Incrível, mas a pergunta que faço é: para onde vai a sua inquietação e a sua raiva? Não demonstrar não significa que você não sinta e várias pessoas descritas desta forma, secretamente alimentam as suas dores. Como somos reconhecidos pelos nossos talentos, e isto é um afago para o nosso ego, tendemos a reforçar mais e mais os mesmos. O desafio que apresento nesta provocação é não nos deixarmos limitar com uma única descrição. Como seres inacabados que somos, estamos em constante evolução, o que implica às vezes em mudanças significativas nas nossas escolhas de vida e até mesmo na nossa visão de mundo. Eu e meus sócios na Corall Consultoria, acreditamos muito em liberar o potencial das pessoas. Para que isto aconteça, dar espaço para nossas múltiplas facetas e talentos é fundamental. Um exercício que proponho para os meus coachees quando eles se descrevem de uma forma muito restritiva […]

Estrutura Organizacional Colaborativa

Etapas que poderão contribuir na evolução da estrutura organizacional Muitas organizações iniciaram grandes mudanças estruturais em suas organizações com a intenção de se adaptar às necessidades do mundo altamente volátil e incerto, justamente por estas duas naturezas, sabemos que receitas prontas com resultados previsíveis são ilusórios =) Um novo aprendizado está emergindo, sintetizei em três etapas alguns deles para te ajudar nesta jornada rumo a liberação da potência criativa, inovadora e humana das organizações: Etapa de Preparação Identificação da Rede de Influenciadores Positivos Aqueles que serão acessados pela rede de colaboradores quando tiverem problemas, não são identificados somente pelo cargo, mas pela influência que exercem. Processos de coaching individual e/ou grupo para preparar os influenciadores. Mentoria do RH, Sócios e Diretores Trabalhar a mudança de modelo mental, exercício diferenciado do poder, tomada de decisão, posição, postura e papel. Workshops preparativos com as lideranças (aquelas que serão impactadas e poderão se tornar líderes do movimento de transformação) Workshop de relações horizontais, dinâmicas relacionais para conversas adultas. Workshop de gestão de conflitos, como lidar e o que faremos quando ocorrer? Workshop de Delegação, existem formas diferentes de delegar que geralmente não existiam no modelo tradicional vertical. Outros possíveis de acordo com a cultura e o modelo de negócio. Olhar para os processos atuais que envolvem a Gestão DE pessoas para COM pessoas. Processo seletivo, avaliação, feedback e outros que levem à coerência interna. Etapa de Implantação Co-design da nova estrutura Apresentação de modelos inspiracionais para entender as mudanças dentro do mundo VUCA e despertar o sentimento de não estar sozinho, é um movimento global. Implantação em um piloto Eleição de uma unidade para pilotar o desenho atual e levantar os aprendizados e refinamento do desenho (o desenho poderá ser versionado em ciclos de aprendizado). Implantação do novo desenho em toda organização. Preparação […]

5 anos, 12 aprendizados

5 anos, 12 aprendizados Confira a perspectiva de cada um dos 12 sócios sobre os aprendizados com nossos clientes ao longo desses 5 anos de vida da Corall Consultoria. No mês de aniversário de 5 anos da Corall, pedimos aos 12 sócios que trouxessem um insight sobre o que temos aprendido trabalhando com nossos clientes ao longo tempo. O resultado é um apanhado de perspectivas poderosas que convidam a refletir e a inovar a ótica sobre o trabalho e o processo contínuo de liberar a potência das pessoas e das organizações. Confira a perspectiva de cada um! Navegando em mares nunca dantes navegados (Alessandra Almeida) A necessidade de reinvenção das empresas em um mundo em constante transformação tem criado ainda mais pressão nas pessoas! Tenho percebido a enorme diferença que práticas como mindfulness e o conhecimento dos modelos mentais e sua influência na forma como lidamos com as situações desafiadoras pode fazer toda a diferença entre experienciarmos uma crise de stress ou liberarmos toda nossa capacidade criativa para evoluir! Os sistemas contém as próprias soluções (Alessandro Gruber) Tenho aprendido a enxergar as organizações como sistemas vivos, e assim percebemos a incrível potência e inteligências que um sistema já possui para encontrar suas próprias soluções para seus dilemas complexos. Sempre existe, em algum lugar da organização, um grupo praticando uma solução que parece impossível para os demais, ou pessoas desafiando padrões e estereótipos criando novos mindsets e possibilidades, ou ainda, existem informações e narrativas disponíveis, mas ainda escondidas, inconscientes que, quando acessadas, promovem transformações significativas. Integrando o pessoal com o profissional (Angélica Moretti) Percebi o crescimento contínuo e o interesse cada vez mais visível das pessoas incluírem no mundo do trabalho, reflexões e anseios que antigamente estavam restritos a conversações da vida pessoal e íntima. Palavras como amor, alma e evolução […]

Quer construir um time efetivo? Invista na vulnerabilidade

Quer construir um time efetivo? Invista na vulnerabilidade A palavra vulnerabilidade pode nos remeter a uma ideia de fraqueza, algo que deve ser evitado. Este artigo trata de um outro conceito de vulnerabilidade: o de ter a coragem de se expor, de revelar suas debilidades, o que você não sabe, sentimentos profundos, sem ter a certeza de como serão as reações de seus interlocutores. Se o título deste artigo relacionasse efetividade de times a confiança entre seus membros provavelmente não causaria estranheza. Mas vulnerabilidade? Pois bem, a vulnerabilidade precede a confiança. É uma condição para que a confiança se estabeleça. Como consultor de empresas atuando muitas vezes no fortalecimento de times de liderança me deparo com momentos onde claramente seus integrantes estão se perguntando: “Qual é a dinâmica que está rolando aqui?” Posso revelar minhas fragilidades e o que não deu certo ou será melhor ficar calado ou mesmo encobri-las, fingindo que não existem? O mais importante é parecer forte e vencedor ou podemos explorar e aprender conjuntamente? Já presenciei muitos momentos mágicos, quando a partir da partilha deste espaço do não saber, da dúvida, ou do que não deu certo, uma nova dinâmica de conexão aparece e a confiança se estabelece, permitindo novos fluxos de conversa, onde o que está realmente acontecendo consegue emergir, para ser coletivamente endereçado com o suporte e ajuda de todos do grupo. E o líder da equipe tem um papel fundamental nesta dinâmica. Quando o líder consegue se abrir e revelar suas falhas ou dúvidas, emite sinais fortes de como é a dinâmica que quer criar com seu time. Confiança e cooperação são desenvolvidas a partir de vários pequenos e frequentes momentos de vulnerabilidade, quando nossos cérebros traduzem o ambiente, o contexto que estamos vivendo como: aqui é seguro expressar-se de forma franca e […]

Cultura Organizacional Colaborativa

Um olhar através das mudanças que estão acontecendo nas organizações após 5 anos dedicados a estudar e implementar modelos de gestão mais flexíveis em um mundo conectado e horizontal. O mundo está conectado e as Redes Sociais nos dão clareza deste fenômeno, temos a grande oportunidade de vivenciarmos este momento na história, que na minha visão é um privilégio. Os aplicativos estão cada vez mais fáceis de serem usados, com pouco conhecimento em tecnologia, através do celular, podemos comprar roupas, remédios, passagens aéreas, fazer transferências bancárias, absolutamente tudo na palma da mão. O curioso é que algumas organizações parecem desconectadas desta nova realidade, os colaboradores quando chegam em seus ambientes de trabalho, deparam-se com uma realidade totalmente diferente, encontram sistemas difíceis de serem utilizados, processos burocráticos sem sentido, baixa possibilidade de interação com as pessoas de cargos diferentes, baixa fluidez de comunicação, aparecem grandes barreiras físicas e mentais a todo momento. A provocadora frase de Gary Hamel “A ideologia de liderança e gestão que sustenta as organizações humanas de larga escala atualmente é tão limitante para o sucesso quanto a ideologia do feudalismo era limitante para o sucesso econômico nos séculos 16 e 17”, capta o quanto é fundamental para as organizações que querem seguir adiante repensar a Cultura, compreender os efeitos e as consequências que elas estão gerando no convívio entre as pessoas, produtos e serviços entregues para o mundo e então, evoluir para ambientes mais colaborativos, compartilhados, distribuindo o poder em tomada de decisões, criando movimentos mais ágeis, empoderando as pessoas para que sejam mais autônomas e responsáveis, mas conectadas ao zeitgeist (espírito do tempo), como resultado estarão mais próximas do potencial de realização. Eu tenho acompanhado alguns casos de transformação cultural e o que percebo é que a maioria dos colaboradores entendem que a cultura da sua […]

Precisamos aceitar o complexo pra evitar o complicado

Quando processos de transformação tornam-se complicados impedem o fluxo ao invés de liberá-lo. Reaprender a fluir não é trivial, mas é essencial. A confusão entre o complexo e o complicado é uma das maiores dificuldades que organizações encontram para se alinharem a novos modelos de operar, mais modernos, ágeis e alinhados com a nova economia. Esta dificuldade no entendimento do complexo, por sua vez, é fruto direto de um legado mecanicista nos modelos de educação e de gestão. E inevitavelmente, na maneira como fomos ensinados a gerenciar. Por mais complicados que sejam, modelos mecânicos evitam a complexidade, porque operar no complexo demanda aceitar a incerteza e a transformação natural do próprio sistema a cada ciclo. Enquanto a eficiência no modelo mecânico se dá a partir do controle e da repetição exata das variáveis, a complexidade implica na consciência de que é natural aos sistemas que cada ciclo seja único, e sua singularidade é resultado do fato de que ele é composto por muitas variáveis, e a probabilidade de que todas as variáveis se repitam exatamente da mesma forma, é muito pequena. Cada ciclo é novo em relação ao anterior e diferente do ciclo seguinte. Esta relação, fundamental ao complexo, é oposta à concepção de eficiência no modelo mecânico. A mudança na consciência e nos formatos de relações, de trabalho e de consumo, potencializada por avanços rápidos e importantes no desenvolvimento da tecnologia, da comunicação em rede e da inteligência artificial, tornou obsoleto o conceito mecânico como paradigma de gestão, pois empresas não operam mais em ambientes com uma dinâmica mecânica, mas sim em ambientes orgânicos e complexos. Ainda assim, organizações em sua maioria ainda não ousaram desconstruir seus modelos com o radicalismo e a coragem necessários para seguirem respondendo ao mercado e à sociedade com a mesma força que faziam […]
unriyo