Arquivos Insights/Inspiração - Página 3 de 5 - Corall Consultoria

Insights/Inspiração

Uma máquina pode produzir Arte?

máquina
Imagine a seguinte cena: você está diante de uma grande tela, como uma TV de 70 polegadas. No momento inicial surge a imagem de uma pintura abstrata. Depois de alguns segundos a imagem muda e, como sua expressão facial está sendo observada e analisada, é possível saber se a nova imagem agradou mais ou menos, e com isto, depois de algumas interações, o programa que está por trás desta máquina faz análise e tem boas pistas do que mais lhe agrada. Com isto, as imagens com combinações de formas e cores estão cada vez mais interessantes para você. Ao final de muitas interações você está diante de uma pintura abstrata simplesmente belíssima e cativante. Personalizada para você. Mas o experimento pode ser feito com várias pessoas e grupos, cada um com sua expressão facial capturada e analisada, de tal forma que o produto final seria agradável não só para uma pessoa, mas para todo um grupo, e assim, provavelmente, se fosse leiloada poderia obter um significativo valor no mercado. Este produto final não poderia ser considerado uma obra de arte? Com certeza surgem perguntas interessantes nesta nova realidade como “de quem são os direitos autorais da obra?” Esta situação não é futurista, já é uma realidade e com o aprimoramento galopante de tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial, muito brevemente já será possível termos nossas obras de arte personalizadas facilmente acessíveis. A experiência da máquina Mas já temos robores que pintam como artistas? O Museu do Amanhã recebeu um presente da ABB (Asea Brown Boveri) em comemoração aos seus 105 anos de presença no Brasil. Sim, chegaram aqui no país para o fornecimento dos primeiros equipamentos elétricos para o Bondinho do Pão de Açúcar. O presente foi uma pintura realizada ao vivo no evento, conjuntamente entre o artista plástico […]

A Inteligência Artificial substituirá o seu trabalho?

90% das posições de advogados nos Estados Unidos vão se tornar obsoletas nos próximos anos devido ao crescente uso de sistemas inteligentes, baseados em inteligência artificial. De uma forma simplificada, inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que estuda como fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor. A notícia do primeiro parágrafo circulou recentemente na internet e em redes de WhatsApp e no mínimo deixaria muitos advogados apreensivos. 90% pode parecer um número exagerado, mas um outro estudo, publicado pela consultoria Deloitte em 2016, afirma que reformas profundas ocorrerão na próxima década, e estima-se que 40% das posições no setor legal acabarão sendo automatizadas. Parece que não há dúvida que este será um setor profundamente impactado por esta tecnologia nos próximos anos. Estas novas plataformas serão cada vez mais capazes em selecionar documentos em busca de evidências a serem usadas nos processos, revisar e criar contratos comparando com outros já realizados e sinalizar possíveis fraudes. Já há farta evidência que estas atividades podem ser realizadas com um nível de acuracidade maior que a dos humanos. Os trabalhos legais de “carregadores de piano” serão substituídos. E o nível de precisão dos resultados só cresce. Quando um resultado da plataforma é percebido como não tão bom, adicionam-se novas informações e o novo processamento é melhorado. E programas mais sofisticados vão apreendendo automaticamente com suas falhas, tornando-se mais “inteligentes”. Por outro lado, lembrei da conversa que tive com um amigo que trabalha no setor bancário que relatou o que ocorreu historicamente com a introdução de caixas eletrônicos. Houve uma drástica redução das posições de caixas bancários, mas por outro lado, a redução de custos permitiu a expansão do número de agências e o foco nas agências passou a ser muito mais em vendas, forjando relacionamentos com […]

Charlotte, a violência e a nova economia

Lições da violência racial no pensar de modelos organizacionais. Por Marcio Svartman, consultor Corall. Representantes da supremacia branca nos Estados Unidos foram foco de violentas reações nesta semana, na cidade de Charlotte. Enquanto bradavam agressões a judeus, negros e gays, uma horda de cidadãos indignados se opuseram violentamente, gerando confrontos que levaram a dezenas de feridos e uma morte. Curiosamente, nesta mesma semana, muito do nosso foco esteve sobre o tema da diversidade. O fato ocorrido nesta pequena cidade norte-americana na Virgínia, coloca luz sobre um aspecto inegável deste tema. O encontro entre diferenças, gera atrito. O que por vezes esquecemos é que o atrito é energia, e a violência é apenas um entre os muitos resultados possíveis para um excedente de energia gerado. Por fim, sim, a diversidade é um gerador de energia. Mais do que a construção de um mundo de maior aceitação, uma das maiores razões para que as organizações sigam desenvolvendo sua capacidade de gerar e manter ampla diversidade interna, é que isto é um imenso gerador de energia. E energia é, no mundo todo, um escasso recurso. Um dos grandes desafios é o fato de que não conseguimos armazenar energia gerada. É preciso dar a ela caminhos imediatos de utilização. Mas ela pode ser transportada. A energia gerada pela água que atravessa as turbinas de uma usina em um canto do país, pode ser utilizada em uma cidade a milhares de quilômetros, desde que haja estruturas prontas a permitirem que ela siga seu caminho. Mas há que se considerar que o transporte consome parte dos recursos também. A energia gerada em uma empresa precisa ser utilizada, caso contrário, se perde. Ou pior, acaba eclodindo em eventos indesejáveis, que nada favorecem as organizações a chegarem em seus objetivos. Olhemos agora para a energia potencial da diversidade. […]

V, a vitamina que dá férias ao cérebro.

Todos nós já experimentamos como é bom estar na natureza. Quando passamos alguns dias ou até mesmo algumas poucas horas caminhando por uma trilha no meio de uma mata, parece que recebemos uma recarga de energia e somos tomados por sentimentos de paz e otimismo. Até mesmo os cientistas ficaram muito intrigados com este efeito e resolveram pesquisar. Um grupo de cientistas da Universidade de Michigan EUA descobriu que, quando as pessoas voltavam das suas caminhadas na natureza, elas mostravam 20% de melhora em testes de memória e de sustentação de atenção. Este efeito não acontecia quando a caminhada ocorria em áreas urbanas. Eles relataram que é como se a caminhada em uma área arborizada equivalesse a dar férias ao nosso cérebro. Este efeito foi carinhosamente chamado de efeito Vitamina V (verde). Quando estamos em espaços verdes, nos conectamos ao ritmo natural da vida, onde tudo tem seu tempo para acontecer, onde as estações nos lembram que tudo é cíclico e que cada fase tem sua beleza. Até mesmo uma árvore morta pode ganhar um novo sentido servindo de moradia para musgos e pequenos insetos. Esta é a ideia de transformação que integra a tudo e a todos! Porém, parece que a vida moderna nas cidades nos desconectou deste ritmo da natureza. Principalmente nos ambientes corporativos, criou-se a ilusão de que é possível viver só de verão e primavera e que o dia tem 30 horas. Mas esta aceleração “artificial” cobra seu preço! Normalmente o preço é a doença física, emocional e também moral, de quem faz o que for preciso para continuar crescendo. Metas cada vez mais desafiadoras e competição interna para galgar as escadas da pirâmide organizacional, vão na contramão do aprendizado de bilhões de anos da natureza que nos ensina que tudo tem seu ritmo e que […]

Da Escassez à Abundância

Você acha que o mundo está melhorando ou piorando? Ao assistir noticiários na mídia, somos levados a pensar que o Brasil e o planeta estão cada vez mais inseguros, violentos e com problemas cada vez maiores, os quais, para os mais fatalistas, poderão levar a situações de crise intensa ou mesmo colapso total. Estamos indo da escassez à abundância? De fato, quando olhamos para algumas “comunidades” no grande planeta Terra, somos levados a reconhecer que alguns problemas podem aumentar em determinados ciclos. É inegável que em relação à situação política, econômica e social do Brasil, vivemos um momento delicado e de grande transformação. Eu faço parte do grupo dos otimistas, que buscam abundância, daqueles que procuram ver o copo meio cheio e identificar os aspectos positivos que estão emergindo mesmo no caos. Vejo as crises como um chamado para um novo cenário que quer emergir, trazendo possibilidades para a construção de um futuro melhor, sem escassez. Recentemente vi um vídeo (TED com Peter Diamandis, chairman da Singularity University) que me tocou profundamente por seu otimismo relacionado ao que pode acontecer no mundo graças ao impacto da tecnologia em nossas vidas. Mas, antes de me aprofundar nisso, é importante colocar dois pontos em perspectiva. Meios de comunicação O primeiro se refere ao fato de sermos continuamente bombardeados pela mídia com assuntos negativos. Claramente, os meios de comunicação tendem a veicular aquilo que tem mais apelo aos seus consumidores e é inegável que estes tópicos exercem atração em grande parte da população. Uma teoria da neurociência indica que um dos principais fatores que despertam nosso interesse para temas “preocupantes” reside na amígdala, pequeno órgão localizado em nosso lóbulo temporal. Uma das principais funções da amígdala é detectar perigo. Graças ao seu funcionamento, nossos longínquos ancestrais puderam sobreviver a muitas adversidades. De todas […]

Com curiosidade tudo mais é possível. E sem, nada é possível. | Entrevista com Dra. Glenda Eoyang

A Corall Consultoria, em uma iniciativa realizada em parceria com o Insper e o Human System Dynamics Institute (HSD), realizou o workshop “Laboratório de Transformação Social — A Educação e o Ecossistema de Inovação para Transformação Econômica e Social do Brasil”, que teve a facilitação da Dra. Glenda Eoyang e do Dr. Stewart Mennin, membros do Instituto, uma organização dedicada a aplicar a teoria da complexidade na gestão e transformação de grandes sistemas. O HSD atua em um campo emergente de pesquisa e práticas que aplicam princípios de complexidade, dinâmicas não lineares e a teoria do caos para estudar grupos humanos que vivem e trabalham em equipes, organizações e comunidades. De acordo com o site do Instituto, “na medida em que as pessoas se reúnem para trabalhar, planejar ou tomar decisões, cada uma delas traz experiências, conhecimentos e necessidades diversas. Estes agentes interagem entre si, resultando em padrões de comportamento que surgem a partir da diversidade de cada grupo. Human systems dynamics é o estudo destes padrões emergentes e o que eles podem ensinar sobre as possibilidades de produtividade em decorrência da ação humana”. A proposta do workshop, que reuniu vários expoentes do mercado de educação, foi ajudar na reflexão de como podemos transformar o País através da inovação na educação, identificando quais são os padrões que mantém a Nação no estado atual e avaliando possíveis caminhos evolutivos. Nesta entrevista ao blog da Corall concedida a Artur Tacla, Chief Spiritual Counselor, Dra. Glenda conta como se envolveu com a teoria da complexidade, como a aplicou na prática em sua empresa e a reproduziu nas organizações que se relacionam com o Instituto. Como principal conselho para construir uma trajetória de sucesso, ela não titubeia: “Seja curioso. Com a curiosidade, tudo é possível”. Confira os principais trechos da entrevista. Como você se envolveu com […]
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