
Como inovar em contextos desafiadores Os sócios-consultores Mauricio Goldstein e José Luiz Weiss tiveram a honra de participar de uma live realizada pela FIA – Fundação Instituto de Administração, abordando o instigante tema “Como inovar em contextos desafiadores”. A seguir, compartilhamos…

Fluxo é um estado de consciência especial onde nos sentimos muito bem e performamos o nosso melhor. É um estado raro e radical em que o impossível se torna possível e nos aproximamos do nosso potencial de super-humanos. Se você consistentemente usa este estado para fazer o impossível você fortalece a confiança na sua capacidade para continuar fazendo do impossível, possível. No livro Super Humanos — Como os atletas radicais redefinem o limite do possível, o autor Steven Kotler examina como os atletas de esportes radicais superam resultados e obstáculos desafiadores, e argumenta que isso somente é possível quando eles se encontram no estado de Fluxo. Ele entrevistou diversos atletas renomados, estudou seus comportamentos e investigou as implicações da neurociência para concluir que estar em Fluxo é a base necessária para a criatividade disruptiva e o desempenho extraordinário. Insights criativos são consistentemente associados com o estado de Fluxo e a criatividade amplificada continua depois que o estado termina. Pessoas contam que se percebem especialmente criativas no dia após o estado e isso sugere que é como se a experiência de Fluxo estivesse treinando a mente para pensar fora da caixa. O estado de Fluxo é uma etapa de um ciclo de quatro fases e é impossível chegar lá sem passar por todo ciclo. O primeiro passo é a fase do desafio onde a mente e o corpo estão sobrecarregadas e a situação parece impossível de superar e você se sente muito distante de estar em Fluxo. A próxima etapa é a liberação em que você desfoca a mente do contexto, relaxa e fica absolutamente presente, inteiro e disponível no aqui e agora. A terceira etapa é o estado de Fluxo em que a criatividade desperta e a performance aflora de uma forma surpreendente. A etapa final é a recuperação porque o Fluxo […]

Os sócios-consultores José Luiz Weiss e Ney Silva entrevistam Ernesto Pousada, presidente da Ingredion América do Sul “Se o ser humano quer resolver um problema, o primeiro passo é reconhecer que tem um problema. Não adianta outros falarem, se a pessoa não reconhecer, as coisas não evoluem”. Uma empresa líder em soluções em ingredientes de origem natural. Estamos falando da Ingredion, que possui clientes em mais de 100 países e atua em mais de 60 diferentes setores da indústria. O objetivo da organização é contribuir com soluções inovadoras para ajudar a encontrar um equilíbrio entre custo, agilidade, inovação e culinária, permitindo acelerar o sucesso dos clientes e atender as necessidades dos consumidores. No comando para América do Sul está Ernesto Pousada, executivo com experiência em empresas como Suzano Papel e Celulose e The Dow Chemical. Entrevistado por Ney Silva e José Luiz Weiss para o blog da Corall Consultoria, Pousada detalha sua trajetória profissional de sucesso, experiências em diferentes realidades, os maiores aprendizados e sua paixão por ser executivo. “O que conta é que no final do dia estamos aqui para ser felizes. Isso é uma jornada e propus que quando chegasse aos 50 anos não iria reclamar do que fiz da minha vida”. Você teve início de carreira numa grande multinacional (Dow Chemical), com várias experiências internacionais, e depois de uma passagem por uma grande empresa de origem brasileira, como a Suzano, volta a trabalhar numa multinacional com sede nos USA, ao assumir a posição de GM para a América do Sul na Ingredion. Baseado nas suas experiências, foi possível identificar similaridades e diferenças quando se compara o trabalho em uma multinacional versus nacional? E.P: Essa pergunta é muito interessante porque na verdade existem alguns estereótipos quando falamos de carreira internacional e das multinacionais. Após algumas mudanças, encontro mais […]

Jose Luiz Weiss entrevista Ricardo Carvalho, presidente da Companhia Brasileira de Alumínio “Para liberar o potencial máximo das pessoas é necessário dar significado e sentido ao que estamos fazendo” É presidente da Companhia Brasileira de Alumínio desde junho de 2016, mas trabalha no setor de mineração e metais desde 1980. São 20 anos na Alcoa, 5 anos no Grupo Votorantim e 10 anos na Vale. Atualmente, Ricardo Carvalho ocupa a posição de diretor-presidente da CBA, a primeira indústria nacional fabricante de alumínio do País. A Companhia Brasileira de Alumínio foi fundada em 1955 e é pertencente ao portfólio de negócios da Votorantim S.A. A atuação da empresa está voltada, principalmente, para prover soluções e serviços para indústria brasileira com foco nos setores de embalagens e transportes, bem como para os mercados de bens de consumo, energia e construção civil através de parceiros estratégicos. Entrevistado por José Luiz Weiss para o Blog da Corall Consultoria, Carvalho detalhou o que diferencia seu trabalho da concorrência, o que considera sucesso e também como faz para liberar o potencial máximo das pessoas. Durante a conversa, o executivo ainda revelou alguns conselhos e dicas para quem está entrando no mercado de trabalho. “Faça o esperado e sempre mais alguma coisa, o que é fazer a diferença na prática. Com isso, naturalmente terá evolução na sua carreira” Você trabalha em um setor onde as pessoas são fundamentais para o sucesso da empresa. Como liberar o potencial máximo das pessoas e da organização? R.C: Para liberar o potencial máximo é necessário em primeiro lugar dar significado e sentido para o que estamos fazendo. Assim as pessoas podem se motivar e enxergar que podemos chegar em um lugar melhor. Em segundo lugar, envolver os funcionários de forma legítima nas decisões que vamos tomar na companhia. Isso tem um poder […]

Muitas pesquisas e casos de sucesso já demonstraram que diversidade de perfil, formação, talento e ponto de vista é um elemento essencial para desenvolver soluções e produtos inovadores. No entanto, além de diversidade, é fundamental que as pessoas vivenciem um forte sentimento de pertencimento para que possam efetivamente contribuir para inovação em times e organizações. A Vice Presidente de Talentos do Linkedin, Pat Wadors, escreveu um artigo no Harvard Business Review e tem falado no mercado sobre a necessidade das organizações criarem uma cultura de pertencimento para que possam incluir a diversidade e potencializar o retorno através da inovação. Ela diz que “tratar cada pessoa de forma especial e ajudá-las a pertencer é chave para criar times diversos e inovadores.” Os seres humanos têm uma necessidade básica de pertencer que se desenvolveu desde a época em que vivíamos nas cavernas e nos reuníamos com outros humanos para ter uma chance maior de sobreviver e prosperar. Ao longo da história, esta necessidade nos levou a formar famílias, tribos, cidades, países e culturas que estabelecem princípios e regras, conscientes e inconscientes, que os membros adotam para pertencer, sobreviver e crescer naquele grupo. Quando pertencemos a um grupo sentimos que podemos expressar nossos pontos de vista e contribuir com nossos talentos com liberdade e confiança. Esta expressão é fundamental para o processo de inovação porque a co-criação do novo requer um diálogo aberto e franco de inúmeras perspectivas e, em alguns contextos, ter conversas difíceis em que precisamos nos expor e nos mostrar vulneráveis, sem saber se nossas ideias serão aceitas e com desapego sobre o que vai acontecer depois. No entanto, quando sentimos que esta expressão pode ter consequências desagradáveis levantamos a guarda, moderamos a ousadia, nos protegemos de possíveis retaliações e, no limite, da possibilidade de sermos excluídos do grupo. A […]

As constelações sistêmicas são uma excelente metodologia para aprofundar o entendimento de questões complexas em empresas familiares. Em uma empresa familiar, o sistema da família e o da organização estão sempre presentes e a interdependência entre eles gera dinâmicas que nem sempre são evidentes para aqueles que fazem parte ou que interagem com a empresa. As constelações podem esclarecer situações e identificar soluções que ajudam os acionistas e os principais executivos na definição dos melhores caminhos para a evolução da organização. A constelação sistêmica é uma dinâmica que foi desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger, a partir da sua observação de sistemas familiares, e tem como objetivo buscar soluções para todo tipo de questão. Hellinger constatou que podem existir dinâmicas ocultas que influenciam os membros do sistema, a relação entre eles e o próprio sistema. A constelação traz a luz essas dinâmicas, até então ocultas, nos permitindo perceber o que não está visível, revelando insights e favorecendo a solução da questão. É importante ressaltar que o sistema da família sempre vem antes que o da empresa. As pessoas são filhos, irmãos, primos e membros da família antes de serem parte da organização, independente de estarem em posições executivas, no conselho ou atuando como acionistas. O contexto familiar e o histórico de relacionamento entre os diversos membros e ramos da família impactam as relações, dinâmicas e os processos de tomada de decisão na empresa. Evidentemente, estas dinâmicas podem ser mais ou menos intensas dependendo do histórico da família, da presença de membros da família na gestão da empresa, e do nível de profissionalização da organização. As empresas familiares se diferenciam de outros tipos de organização devido a algumas características particulares. Muitas empresas são especialmente focadas na sua sustentabilidade de longo prazo porque as vezes a sobrevivência da organização como legado da família […]

Por duas semanas tive a oportunidade de resgatar sabedorias milenares e vivenciar momentos maravilhosos nas montanhas sagradas do Arizona. Muito antes de existirem as religiões e suas tradições, templos e igrejas os seres humanos já cultuavam o divino na mãe terra e nos elementos da natureza como o sol, lua, estrelas, montanhas, rios, animais e plantas. Por duas semanas tive a oportunidade de resgatar esta sabedoria milenar e vivenciar momentos maravilhosos nas montanhas sagradas do Arizona nos Estados Unidos. Após dois dias de preparação e treinamento em práticas espirituais na natureza saí em caminhada para o vale, coberto por uma leve floresta e por onde passa um riacho de água gelada, habitado por inúmeros pássaros, perus selvagens, veados, ursos, jaguares e muitos outros animais. Chegando lá construí o meu círculo sagrado de 108 passos de diâmetro com um lindo pinheiro como centro e montei uma barraca que seria a minha moradia. Ao longo da semana, vivenciei um encontro mágico de integração com a natureza, permanecendo sempre dentro do meu círculo, fazendo práticas de relaxamento, presença, meditação e cultivo de energia como Tai Chi e Chi Cong. A partir do nascer do sol seguia o fluxo do dia e construí uma rotina com as práticas e o prazer de contemplar e interagir com os diversos seres vivos presentes no círculo. Com o objetivo de tornar a minha percepção cada vez mais sutil e me purificar fiquei em jejum completo de comida e descobri que vivemos muito bem sem o ritual das nossas refeições diárias. Este processo de purificação é acompanhado somente por um suco de limão, “maple syrup” e pimenta cayenne para evitar enjoos e dores de cabeça. Fiquei impressionado em como me senti cheio de energia vital e clareza mental ao longo de tantos dias de jejum. No início me senti […]

Meu filho compartilhou comigo uma experiência que me lembrou como ver uma situação de fora pode ser transformador. Ele estudou um ano em uma universidade particular em São Paulo e depois se transferiu a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ainda estava de férias em São Paulo, ele decidiu visitar os amigos na antiga universidade e se surpreendeu com o que aconteceu durante a visita. Ele sentou-se no espaço de convivência para esperar o horário do intervalo. Quando os alunos começaram a sair das aulas percebeu algo diferente. Ele passou a observar como as pessoas se vestiam, como as pessoas se comportavam, prestou atenção sobre o que conversavam e se sentiu incomodado, quase que sufocado, em um ambiente que, até muito pouco tempo, lhe era familiar e confortável. Se ele não tivesse tido a experiência de conviver em outra comunidade universitária, não teria como perceber a diferença de ambiente e cultura, entre as duas universidades. Após ter tido essa experiência ele nunca mais irá conseguir ver as duas universidades da mesma forma que antes. Naquele momento, ele viu as duas universidades de fora e se libertou do olhar que não enxerga porque está envolvido no sistema. Ele reconheceu o seu olhar como somente uma perspectiva e, assim, se abriu para a possibilidade da existência de outras perspectivas. Quando estamos envolvidos em um contexto é mais difícil enxergar oportunidades para evoluir e transformar. Imagino que você também já tenha vivenciado a experiência de estar com dificuldades de encontrar caminhos para resolver um problema e quando se distanciou dele, dormindo uma boa noite de sono ou se desligando um tempo do assunto, de repente encontrou uma solução que não estava visível até aquele momento. É interessante que a palavra desenvolvimento contém muita sabedoria porque para desenvolver é necessário nos des-envolver. Para […]

Na última semana tive muito motivos para sentir muita gratidão. Celebrei 25 anos de casado, completei 50 anos de vida e a minha filha se formou psicóloga. Agradecer tanto, em tão pouco tempo, me incentivou a refletir sobre como a gratidão pode transformar a nós mesmos e aqueles à nossa volta. Percebi que ao me sentir grato pela abundância da vida algo acontece dentro de mim e isso me torna mais feliz, mais conectado aos outros e mais aberto a novas possibilidades. Entre todas estas celebrações, também vivenciei um momento tocante de manifestação de gratidão, no final de um workshop com a equipe de liderança de uma grande organização, quando fizemos um círculo de apreciação. Nesta dinâmica, cada pessoa agradece a outro membro da equipe alguma coisa que tenha sido importante entre eles e o outro simplesmente recebe o agradecimento como um presente e, em seguida, agradece a outra pessoa. A gratidão começa a circular pelo grupo e, é impressionante como um simples agradecimento tem o poder de alegrar o coração, tocar o do outro, e ao mesmo tempo criar uma conexão de confiança e empatia, que é a base para que se torne uma equipe de alta performance. Estudiosos da neurociência já demonstraram que a gratidão tem o poder de transformar o nosso cérebro e com isso influenciar fortemente nossas vidas. Diversas pesquisas científicas identificaram que quando sentimos gratidão liberamos o neurotransmissor dopamina e ativamos o sistema de recompensa do cérebro e isso gera uma sensação ainda maior de bem-estar e prazer no corpo. Por isso, pessoas que sentem e expressam gratidão sentem mais emoções positivas e demonstram mais energia e vitalidade e pessoas que recebem esse sentimento de gratidão se sentem reconhecidas e incentivadas a fazer, o que quer que seja, ainda melhor. Agradecer verdadeiramente por um trabalho […]

Jorge Nishimura tinha um grande desafio: estava no centro de um grande conflito familiar que poderia colocar em risco a existência da empresa de sua família, o Grupo Jacto. A solução? Reconstruir relações. A estratégia deu certo e hoje a organização possui um dos mais respeitáveis portfólios do Brasil. Entrevistado pelo blog da Corall, Nishimura, presidente do conselho de administração da Jacto, detalhou ao sócio da consultoria, José Luiz Weiss, os aspectos mais interessantes da sua agenda de transformação, além de oferecer um overview sobre gestão. Forte em suas convicções acerca da importância do equilíbrio emocional e espiritual e um verdadeiro homem temente a Deus, o executivo confessa o que espera das próximas gerações e reflete sobre valores e sucesso. Confira os principais trechos da entrevista. O grupo Jacto é uma companhia de sucesso há quase 70 anos. Fale um pouco do portfólio de negócios e estrutura organizacional da empresa. J.N. Recentemente a Jacto completou 68 anos. Sua história começou com meu pai que a partir de uma pequena oficina de conserto tomou a decisão de construir manualmente uma máquina para aplicação de defensivos. E, a partir disso, foi crescendo gradativamente. Hoje, a empresa tem uma das mais amplas linhas de pulverizadores do mundo. Ao longo de nossa existência fomos entrando em outros negócios. A Unipac foi criada para produzir embalagens para produtos agroquímicos e depois acabou entrando no segmento de autopeças. A Jactoclean surgiu para atender o segmento de limpeza produzindo lavadoras de alta pressão, aspiradores e lavadores de piso. A Rodojacto é a transportadora que presta serviços de transporte para as empresas do grupo e terceiros. A Mizumo está focada no mercado de tratamento de água de esgoto. O grupo hoje tem em torno de 3.300 colaboradores, permanecendo como uma empresa 100% familiar. Nesse contexto bastante complexo e diversificado […]