Arquivos José Luiz Weiss - Página 2 de 2 - Corall Consultoria

José Luiz Weiss

CEOs e a inovação consciente

Esta semana, 200 líderes empresariais se reuniram em Austin, no Texas, no décimo “CEO Summit” do movimento Capitalismo Consciente, para refletir e dialogar sobre a busca da autoconfiança e da humildade como características fundamentais de um líder. Tivemos o privilégio de dar uma palestra sobre Inovação Consciente nesse encontro. Sabemos que no contexto cada vez mais complexo e volátil em que vivemos, a inovação se tornou o principal caminho para as empresas crescerem e terem sucesso nos seus mercados. E as empresas mais inovadoras recebem um “prêmio” do mercado: suas marcas são mais reconhecidas, elas atraem os melhores talentos e parceiros de negócio e mais dinheiro dos investidores. A inovação é uma expressão natural da consciência humana. Todos nascemos criativos, mas vamos ofuscando essa capacidade enquanto crescemos e nos moldamos ao sistema educacional e depois profissional. Muitas vezes, deixamos de ser autênticos e de expressar nossas melhores ideias. A pergunta é como resgatar essa criatividade original que todos temos e criar produtos e serviços que gerem valor no mercado. Então como podemos criar uma organização inovadora? Como criar um ambiente no qual as pessoas estejam motivadas a dar o seu melhor e coletivamente criar o novo? A inovação consciente emerge da combinação de uma frequência cocriativa e de um método gerador de insights (vide gráfico abaixo). A forma que pensamos, nos relacionamos, aprendemos e nos organizamos em uma companhia cria, ou nos afasta, de uma frequência criativa. Quando as pessoas sentem que a empresa tem um propósito ousado, que suas ideias são bem-vindas, que há um ambiente de colaboração e confiança e que se pode experimentar (e até errar), elas se arriscam a contribuir e a construir o diferente juntas. É como se houvesse uma energia especial no ar, uma frequência que favorece a inovação. Ao mesmo tempo, usar um […]

As pessoas que me inspiram estão ao meu redor | Entrevista com Rafael Santana — CEO da GE (General Electric) na América Latina

“Não preciso ir longe para ser inspirado por pessoas que são melhores em diversos aspectos. Isso é sempre melhor do que escolher um líder distante, que você não conhece tão bem, e que apenas lê a respeito.” Aos 44 anos, Rafael Santana carrega uma grande responsabilidade: é CEO da GE (General Electric) na América Latina, um dos maiores e mais inventivos conglomerados do mundo. Em quase uma hora de entrevista ao blog da Corall concedida em seu escritório, em São Paulo, aos sócios da consultoria Fábio Betti e José Luiz Weiss, Santana compartilhou preciosas dicas sobre implementação de modelos de transformações e revelou seus principais desafios à frente da organização na região, incluindo o posicionamento global de estar entre as 5 melhores empresas para trabalhar. Além disso, explicou como a Internet das Coisas está impulsionando esse novo momento de mudança da GE e como a revolução tecnológica pode aumentar a produtividade da sociedade como um todo. Confira os principais trechos da entrevista. Você atua na GE há 16 anos. O que está por trás dessa longevidade, tão rara hoje em dia nas corporações? R.S. Primeiramente, quando olho para a GE como empresa, vejo um espaço em que se consegue mudar de emprego sem sair da organização. A abrangência de áreas é grande: aviação, saúde, energia, transportes… Além desse universo favorável na variedade de negócios, existe o aspecto geográfico, que é bastante interessante. Isso sem mencionar os bons posicionamentos encontrados em cada um desses setores. O segundo ponto diz respeito ao Rafael em três aspectos importantes. O de adaptabilidade, que funciona muito para mim e que me possibilitou ter uma carreira que exigiu mudanças frequentes. Sou um mineiro saído de Belo Horizonte, que trabalhou em São Paulo, Estados Unidos, Alemanha, Itália, e agora está de volta ao Brasil. Isso me permitiu […]

A outra ousadia do RH da GE — Constelações Organizacionais

A GE é uma empresa centenária de sucesso que ao longo de sua história inventou coisas fundamentais para humanidade, assim como Thomas Edson fez com a lâmpada. Ana Lúcia Caltabiano, VP de RH da GE para América Latina, disse que: “Buscar novas possibilidades e explorar o desconhecido está no DNA da GE e na área temos trabalhado em várias frentes, quebrando alguns paradigmas para humanizar mais a empresa. Portanto, experimentar a metodologia das Constelações foi mais uma ousadia que valeu a pena”. Fazer diferente também está no DNA da Corall e ousamos em um projeto com a equipe de RH da GE aplicando metodologias inovadoras, como a Constelação Organizacional, em mais uma experiência transformadora.” A Constelação Sistêmica é uma dinâmica que foi desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger e tem como objetivo buscar soluções para todo tipo de questão: familiar, pessoal, profissional e, inclusive, organizacional. Hellinger constatou que em todo sistema existe uma dinâmica oculta que influencia seus membros e sua relação com esse sistema. A Constelação traz luz à essa dinâmica, até então oculta, nos permitindo perceber o que não está visível, revelando insights e favorecendo a solução da questão. No âmbito das organizações, a Constelação pode ser usada para buscar respostas sobre diversas questões e ajudar na tomada de decisões empresariais como, por exemplo, avaliar o impacto de novas estratégias e estruturas, revelar como lançamentos de produtos serão recebidos pelo mercado, identificar dinâmicas de relacionamento entre áreas dentro e fora das empresas, entre outras. Desta forma, o cliente acrescenta perspectivas que vão além da análise cognitiva e incluem outras percepções que contribuem na tomada de decisões e na busca de soluções. A partir de uma questão que é apresentada pelo cliente, escolhemos representantes para alguns elementos que fazem parte do sistema e os colocamos em relação aos outros. A […]

Potência ou Potencial? | O papel da Liderança

Ao longo dos 15 anos que fui líder de RH em grandes empresas multinacionais, dediquei boa parte do meu tempo na avaliação do potencial das pessoas. Entretanto, recentemente, tenho me perguntado se não teria sido melhor investir esse tempo focando-me na liberação da potência delas. Tanto potência como potencial são originadas da palavra “potis”, que vem do grego e do latim, significando poder. Potência é a capacidade de criar, produzir, agir e fornecer energia; é a aptidão que todo ser humano tem de realizar e transformar sua força em energia. Já potencial é uma potência que pode existir em algum momento no futuro. Ou seja, algo que pode ser desenvolvido, embora ainda não tenha sido concretizado. Acredito que todos possuem potências e o desafio de cada um é desabrochá-las para ser e fazer o melhor. Quando fazemos nosso melhor, estamos conectados ao chamado da vida, manifestamos nossos talentos e nos sentimos plenos e realizados. Sabemos que nem sempre conseguimos liberar plenamente nossas potências e que mostramos ao mundo somente parte do que podemos ser e fazer. Sendo assim, faz sentido ajudar pessoas na liberação de suas potências, pois quando elas são expressadas no presente, obtemos melhores condições de avaliação do potencial de cada uma. Assim, é possível evoluir do paradigma de que alguns têm potencial para um modelo mental de compreensão de que todos possuem potência. Para começar a identificar e reconhecer isso, é preciso refletir sobre duas perguntas: “O que gosto muito de fazer?” e “O que sei fazer muito bem?”. Depois de pensar em cada indagação separadamente, conseguimos identificar a interseção entre as duas respostas. Reconhecer a potência é um começo, mas não é o bastante. Para expressá-la, é preciso ter autoconfiança, se libertar dos medos e receios e ter força de vontade e determinação para utilizá-la a […]

Reconhecer e se entregar ao chamado da vida

Qual é o chamado da vida? Qual é o meu chamado neste momento? Qual foi o meu chamado na minha história até hoje? Qual será o meu chamado no futuro? No último feriado, enquanto caminhava pela praia refletindo sobre a vida, fui tomado novamente por estas perguntas que me acompanham há vários anos. Revendo minha trajetória, tive uma clareza ao me dar conta que em alguns movimentos que transformaram a minha vida, eu não tinha a consciência do meu chamado naquele momento e das transformações que estavam por vir. Olhando a vida pelo retrovisor, como biógrafo da minha própria história, consegui fazer as ligações entre as minhas escolhas e identificar o fio condutor que conectou estes movimentos. Pensando sobre o que estes movimentos tiveram em comum, ficou claro que durantes estas transformações me sentia especialmente pleno, com extrema clareza, conectado com a minha essência e com muita força e energia focada na realização de um sonho. Joseph Campbell, estudioso da mitologia e da psicologia humana, nos presenteou com uma profunda reflexão sobre estas questões na sua Jornada do Herói, em que descreve este estado de plenitude como o arrebatamento pela vida. “A pessoa que tenha sido cativada por um chamado, uma devoção, uma crença, um entusiasmo, sacrificará sua segurança, sacrificará até mesmo a própria vida, sacrificará os relacionamentos, sacrificará o prestígio e nem pensará em realização profissional — entregar-se-á inteiro ao seu mito”. Segundo Campbell, o chamado tira o indivíduo da zona de conforto, da tranquilidade da vida cotidiana e o impulsiona para uma jornada de aventuras, desafios, aprendizados e conquistas até que, ao final, retorna para casa transformado. A mitologia, literatura, cinema, e os contos de fada estão repletos de pessoas que são chamados a buscar dentro de si talentos, força e coragem para superar situações e contextos desafiadores e tornar […]
unriyo