A comunicação em rede já faz parte da vida privada da maioria das pessoas há pelo menos 10 anos para os early adopters (pessoas que adoram testar novas tecnologias). É raro encontrar alguém que não esteja participando de pelo menos uma mídia social como o Facebook ou aplicativos que criam um espaço de trocas instantâneas e convívio como o WhatsApp. Estas novas tecnologias nos permitem manter contato com pessoas que podem estar a milhares de quilómetros de distância, criando um espaço virtual de convívio que nos ajuda a fortalecer nossos laços sociais, assim como ter acesso a opiniões e conteúdos conectados aos nossos interesses.
Já no mundo do trabalho, este movimento chegou um pouco depois, mas está acelerando em uma velocidade incrível, transformando muito mais que a forma de comunicação entre as pessoas, mas principalmente a cultura e a forma de operar das organizações.
Interessados em entender mais a fundo este fenômeno, a Corall Consultoria em parceira com o Workplace desenvolveu um estudo, para investigar as motivações, desafios e impactos sentidos por um grupo de nove organizações pioneiras no movimento da comunicação em rede em diversos segmentos como varejo, cosméticos, compras online, tecnologia, serviços em saúde e redes digitais. Para isto foram entrevistamos líderes e realizada uma pesquisa online para capturar a experiência dos usuários. Os resultados indicam que se trata de um movimento poderoso que deve viralizar, ajudando as pessoas e as organizações a se desenvolverem com a liberação e expressão de seu potencial, antes aprisionado em um sistema de comunicação centralizado e baseado no controle e na escassez de recursos e vozes.
Um primeiro aspecto que procuramos entender é quais são as características destas organizações pioneiras. Percebemos que elas já iniciaram um movimento maior de evolução alinhado às práticas da nova economia com a comunicação em rede, e esperam acelerar isto ainda mais. Seguem as principais características levantadas, onde a percepção de intensidade foi média:
Concluímos assim, que para se engajar neste movimento, não é preciso ter trilhado todo o caminho de evolução para um modelo de organização da nova economia, mas sim ter dado os primeiros passos e ter interesse em evoluir nesta direção.
Mas o que realmente nos surpreendeu neste estudo foi a velocidade e o alcance da implantação de uma plataforma de comunicação em rede. No início as principais motivações eram modestas:
Os resultados, indo mais longe, atingiram também:
- Maior integração entre as pessoas
- Aumento do compartilhamento de boas práticas e troca de ideias
- Maior visibilidade para o trabalho das pessoas e das áreas
- Maior agilidade e acessibilidade das informações
- Maior facilidade na gestão de projetos
- Aumento na percepção de vários valores como:
Se sua empresa ainda não “pegou este vírus”, saiba que o momento está próximo, então vale se preparar. Dar os primeiros passos em busca das características das empresas da nova economia que listamos neste estudo é um bom início, pois vai preparar a organização e seus líderes para se engajarem neste movimento de forma mais consistente e tranquila.
Compartilhe também sua opinião, dúvidas ou pontos de vista conosco aqui neste blog, afinal, este também é um espaço de comunicação em rede!
Artigo originalmente publicado no blog Gestão Fora da Caixa da Exame.com