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cultura
  • Alessandro Gruber, Cultura organizacional
  • Foto de Alessandro Gruber Alessandro Gruber

Cultura é fruto da sabedoria de um coletivo

  • fevereiro 2, 2023

Quando uma organização, uma família, ou qualquer coletivo vive uma grande mudança em seu mundo e consegue sobreviver, aprender e prosperar, a sabedoria criada por essa experiência é o alimento primordial da cultura. A cultura é como essa sabedoria passa a se expressar em histórias, rituais, símbolos, processos e maneiras que vão sendo aprendidas e imitadas naturalmente por novas pessoas que passam a fazer parte desse coletivo, sem que ninguém as ensine (como em sala de aula).

Quando precisamos empreender uma mudança cultural, a narrativa mais desnecessária e a que coloca o movimento em risco é tratar de modo depreciativo a cultura atual. Fazer isso é ignorar explicitamente a sabedoria de um coletivo.

O que lideranças e consultorias precisam reconhecer e perceber é que a mesma sabedoria que criou os padrões culturais atuais, também está trabalhando ativamente para evoluir esses padrões e já está nutrindo os embriões do novo status quo.

Essa sabedoria, que preserva e evolui ao mesmo tempo, precisa ser reconhecida, percebida e apenas nos relacionando com ela conseguiremos empreender uma evolução real.

 

Cultura é também fruto de apego

Como a cultura é fruto da sabedoria de um coletivo que conseguiu sobreviver e prosperar em um novo contexto, muitas vezes ele pode criar um apego a algum padrão cultural. O apego, provavelmente, venha da conexão identitária que esse coletivo cria com algum padrão.
A sabedoria fez o coletivo sobreviver, essa sabedoria foi traduzida através de algum símbolo, ritual ou padrão de relação, esse padrão/símbolo/ritual passa a fazer parte tão corriqueira do coletivo que deixa de ser percebido como um padrão aprendido e passa a ser considerado como “a realidade”, “o único jeito” ou “o certo”, passa a ser a identidade, o que faz o coletivo se identificar como um coletivo, isso cria o apego ao padrão, pois, agora, essa padrão parece ser o próprio coletivo ou o que o mantém vivo.

O padrão cultural apegado à identidade coloca o coletivo em risco, pois ele passa a investir tempo e energia em preservar o padrão vivo, mesmo quando o contexto grita que ele não faz mais sentido. Coloca-se em risco o poder da adaptabilidade às transformações do contexto. O coletivo passa a viver para sustentar um padrão, até o ponto de sua vida se tornar fictícia: todos sabem que ninguém mais acredita ou pratica algo, mas todos fingem que praticam e criam ainda mais rituais e processos para simular que o padrão continua vivo e fazendo sentido.

Para nos desapegar, precisamos de ajuda. A ajuda, a conexão e a relação com referências externas não servem para empurrar um novo padrão. Servem para convidar novamente a sabedoria coletiva adaptativa para o centro da sala. Servem para convidar o coletivo a refletir e voltar a perceber os padrões como padrões: expressões da sabedoria coletivo que foram sendo preservados ao longo do tempo enquanto faziam sentido. Alguns ainda fazem, outros não fazem mais.
Servem para resgatar a coragem para o coletivo empreender traições aos padrões apegados e criar novos padrões a partir da sabedoria que está sendo aprendida ao se relacionar com o contexto atual em transição.

 

O Convite à Traição e o Acolhimento ao Luto

Ao voltar a se relacionar com o contexto com mente aberta, voltar a aprender e a perceber que novos padrões são necessários, o coletivo empreende um movimento de mudança.

O padrão emocional que acompanha o grupo de pessoas que está representando a sabedoria adaptativa do coletivo é a emoção da traição.

Traição, porque o grupo passa a propor um movimento de alto risco: abrir mão do que o coletivo acredita que o mantém vivo, para abraçar um novo padrão que não traz consigo nenhuma garantia.
Traição, porque esse mesmo grupo passa a descumprir as regras, a moral e a maneira de pensar do status quo.
Traição, porque esse mesmo grupo passa a ser excluído pela grande energia que está sendo investida por outras pessoas para sustentar o status quo.

Esse grupo de “traidores amorosos”, precisa ser acolhido, abrindo espaço para falar sobre traições e o grupo criar repertório para lidar com isso. A ressignificar a traição como o movimento que justamente irá fazer o coletivo continuar tendo chance de sobreviver e prosperar.

E, enfim, quando alguma traição consegue ser empreendida, o luto também vem junto.
Ao mudar um padrão cultural, estamos reconhecendo uma mudança de consciência e de percepção sobre a realidade, isso provoca um deslocamento identitário. Logo, uma nova identidade nasce, a identidade anterior morre.
Luto.
Reconhecer e ritualizar esse luto ao longo do movimento de mudança é fundamental.

 

Em síntese…

Mudança e adaptabilidade contínua é o que nos mantém vivos. Como organismos vivos, as organizações precisam se adaptar continuamente. Se adapta quem está se relacionando e tem muitos feedback loops com o contexto (múltiplos stakeholders) – aprendizagem. O aprendizado gera padrões culturais, manifestados por narrativas, símbolos, rituais, estruturas e processos.

Os padrões tendem a se preservar ao longo do tempo, pois fazem sentido. Quando o contexto muda radicalmente, a sabedoria da organização promove, para sua sobrevivência, movimentos simultâneos: preservação e evolução. Como parceiros e líderes de transformações, precisamos acolher o movimento de preservação e alimentar o movimento de evolução.

Alimentar o movimento da evolução pressupõe reconectar a organização a sua sabedoria adaptativa, ampliando seu envolvimento com o contexto, stakeholders e criando novos feedback loops. Pressupõe, também, fortalecer as lideranças que perceberam a mudança que faz sentido e estão se sentindo traidoras e traidores do status quo. Pressupõe, ainda, acolher o luto que vem com a perda de padrões que foram tão afetivamente cuidados ao longo dos anos e trazer a alegria dos novos nascimentos que fazem com que a vida continue.

Traidoras e traidores: sigam corajosos!

Nesse texto, parti da síntese e pensamento que veio do trabalho do Marcio Svartman, com quem dialogo, aprendo e cocrio, quase que diariamente em nosso trabalho, esse olhar da traição nos movimentos de transformação organizacional.

Artigo postado originalmente neste link.

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