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  • Gestão, Vicente Gomes
  • Foto de Fabio Betti Fabio Betti

Gestão horizontal ou vertical, qual é a melhor?

  • agosto 31, 2015

Venho estudando há vários anos empresas que praticam a gestão horizontal. Nos EUA, tive oportunidade de visitar a sede da Morning Star, a maior processadora de tomates do mundo e nenhum chefe. Estive com a executiva de Recursos Humanos da Gore, a inventiva companhia criadora do Gore-Tex, tecido impermeável que revolucionou a indústria de produtos esportivos, com mais de 10 mil associados e nenhum chefe. Em minha pesquisa de mestrado, mergulhei na Vagas Tecnologia, a líder brasileira do mercado de e-recruitment, 160 colaboradores e nenhum chefe.

A despeito do sonho de muita gente em trabalhar numa dessas empresas e poder ser dono do próprio nariz, a frase de Mario Kaphan, criador da Vagas, pode soar como um balde de água fria:

Gestão horizontal da Vagas.com

gestão horizontal

“Aqui cada um faz o que quer, mas todo o mundo tem tudo a ver com isso.”

Qualquer um a qualquer momento pode levantar uma controvérsia, como eles dizem por lá, sobre uma decisão tomada por qualquer pessoa de qualquer área. Não gosta de intromissões no seu trabalho? Nem pense, portanto, em pedir emprego na Vagas. Aliás, ali, como em muitas outras que adotam a gestão horizontal, os poderes normalmente conferidos ao chefe manifestam-se por meio do time, que é quem contrata, avalia e demite, processos que podem, sim, ser bem mais lentos do que a média, na medida em que o consenso nem sempre é fácil.

Mas uma vez que muita gente participa, as decisões tendem a levar a resultados muito melhores. Não é à toa que, desde que foi fundada em 1999, a Vagas nunca cresceu menos do que 25% ao ano.

Em uma gestão horizontal, os poderes normalmente conferidos ao chefe manifestam-se por meio do time, que é quem contrata, avalia e demite.

Quer que as decisões aconteçam de modo “orgânico”, brotando naturalmente do time, livre das amarras de processos e planos limitadores? Pense duas vezes antes de procurar uma empresa de gestão horizontal. Isso porque todas as que conheço não têm oficialmente chefes, mas têm muitos líderes e, acima de tudo, têm muita gestão.

 

A gestão da Morning Star

A Morning Star, por exemplo, todo colaborador tem que fazer acordos multilaterais que são conhecidos como CLOU (Coleague Letter Of Understanding) onde assume publicamente seus compromissos e acorda necessidades e expectativas. Tudo deve ser devidamente publicado numa plataforma que é uma espécie de rede social comercial, aberta e acessível a qualquer um dentro da organização e que também é utilizada para a avaliação de desempenho. Sim, empresas que adotam gestão horizontal são tão rigorosas quanto qualquer outra nos assuntos de desempenho.

A gestão da Gore

Para conseguir se desenvolver num ambiente sem chefes, cada associado da Gore pode escolher um associado mais experiente de sponsor, uma espécie de tutor com o qual o associado se consulta e conversa sobre seus desafios. E fica livre para mudar de sponsor, se achar que outra pessoa será mais útil para seu momento profissional.

Além de processos de gestão rigorosos, outro ponto em comum que identifiquei nessas empresas é que elas oferecem espaço a um tipo de profissional que já não se enquadrava faz tempo nos modelos hierárquicos convencionais: o empreendedor. Em empresas sem chefes, o colaborador pode tocar projetos como se fosse, de fato, dono do seu próprio negócio sem, no entanto, assumir os riscos sozinho.

Os modelos de gestão que dispensam a hierarquia não são, necessariamente, melhores que modelos baseados na relação chefe-subordinado.

E a gestão vertical?

No entanto, empresas que adotam modelos de gestão verticais também oferecem oportunidades para esse perfil, como a Promon, onde qualquer colaborador pode adquirir ações da empresa e se tornar seu dono de verdade. Lá os colaboradores têm liberdade para propor projetos e buscar oportunidades em outras áreas. O mesmo vale para o já exaustivamente estudado Google, numa prova de que os modelos de gestão que dispensam a hierarquia não são, necessariamente, melhores que modelos baseados na relação chefe-subordinado.

Na verdade, cada empresa adota um determinado tipo de modelo em razão de algo que tem a ver única e exclusivamente com ela mesma. Por exemplo, por trás de tudo o que é feito na Morning Star, está a figura de Chris Rufer, que fundou a companhia em 1970 e, como um feroz defensor do liberalismo, vive pregando que ninguém deve se meter na vida de ninguém, especialmente, o governo, o que explica bem sua decisão pelo modelo de autogerenciamento.

Na Vagas, o modelo sem chefes foi a forma encontrada para que todos vivenciassem os valores da companhia, sem a possibilidade de os “escalarem” para cima. E a história da Gore é a história de uma empresa que queria crescer sem perder seu espírito inovador de startup e que encontrou no modelo sem chefes um bom caminho para encarar esse desafio.

Isso quer dizer que a pergunta feita no título deste artigo deveria ser outra. Substitua por “Gestão horizontal ou vertical, qual é a que melhor funciona para você?” E seja feliz com a sua escolha e pare de dar ouvidos aos que vendem algum modelo milagroso como se fosse a última bolacha do pacote.

Fábio Betti é sócio e consultor da Corall e escreve para o blog Gestão Fora da Caixa da Exame.

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