Neste mundo emergente em que as organizações estão inseridas, as plataformas de Inteligência Artificial (IA) não apenas fazem parte, mas prometem mudar radicalmente a forma como fazemos as coisas em praticamente todas as esferas de nosso viver.
Os sócios e sócias da Corall Consultoria já usam as plataformas de IA para atividades como criação de apresentações, síntese de entrevistas, pesquisas em geral, entre outras.
E, mais recentemente, elaboram a programação de chats que irão permitir o acesso mais simples, fácil e, espera-se, inteligente a todo o conteúdo gerado em quase 11 anos trabalhando como parceiros para mais de 400 empresas em jornadas conscientes de evolução. Aliás, a sua organização também já deve ter incorporado a IA em algum processo
No entanto, temos consciência da existência de alguns “equívocos”. As plataformas de IA generativa como o ChatGPT, por exemplo, podem ser uma mão na roda para muitas coisas, mas nem sempre estão certas ou são realmente úteis.
Você já sabe que o ChatGPT tem sempre uma resposta pronta para qualquer pergunta que você quiser fazer. Mas nem sempre a resposta é confiável.
O que você acha? Acompanhe a leitura!
Em um diálogo curioso com o serviço de IA generativa: o ChatGPT
O @Alexandre Pellaes outro dia perguntou ao @Fabio Betti, um dos sócios da Corall, que conviveu por alguns anos com o biológico chileno Humberto Maturana, se a frase “quanto mais eu me conheço, mais eu me reconheço nos outros” era dele. Como o Betti nunca havia ouvido Maturana pronunciar a frase ou lembrava de tê-la lido em algum artigo ou livro de autoria do biólogo, resolveu recorrer ao ChatGPT. A primeira resposta desse representante-mor da IA generativa atribuiu a frase a Clarice Lispector.
Betti que, apesar de não ter convivido com a escritora, havia devorado quase tudo o que ela produziu em vida – chegou até a escrever várias “Cartas Inventadas para Clarice” – , suspeitou da resposta e repetiu a pergunta. A segunda resposta começou com um pedido de desculpas pelo equívoco da resposta anterior e a afirmação de que a frase, na verdade, era de autoria do psicólogo Carl Gustav Jung.
Como, antes de emitir qualquer opinião, o pessoal da Corall costuma ler muito, estudar e pesquisar várias linhas de pensamento, sejam elas da Inteligência Artificial ou da Inteligência “Natural”, Betti insistiu mais uma vez, e a Inteligência Artificial se mostrou a própria reencarnação do famoso personagem de “A Escolinha do Professor Raimundo”, ao pedir novamente desculpas e atribuir a autoria da frase ao psicólogo Carl Rogers.
Mas a saga ainda não termina por aqui. Na quarta repetição da pergunta, nosso cover de Rolando Lero resolveu jogar a toalha e simplesmente voltou à primeira resposta.
E, mesmo sabendo, como falava (de verdade) Maturana, de que “não existe realidade independente do observador”, Betti resolveu insistir e pediu ao ChatGPT a fonte onde essa frase que ele atribuía a Jung poderia ser encontrada.
Desta vez, nossa agora duvidosa Inteligência Artificial voltou mais uma vez atrás e ainda culpou o treinamento recebido, que reúne a bagatela de 300 bilhões de palavras e 175 milhões de parâmetros, mas que não conseguia encontrar uma única fonte que comprovasse a autoria da frase.
Com graduação em jornalismo e mestrado em biologia-cultural, Betti não poderia deixar de perguntar por que, afinal, o Chat “Rolando” GPT estava visivelmente inventando respostas.
Mais uma vez, o pedido inicial de desculpas e a justificativa de que o ChatGPT, como qualquer Inteligência Artificial, não “inventa” (as aspas são dele) respostas intencionalmente, mas apenas se baseia em padrões aprendidos a partir de uma ampla variedade de fontes disponíveis até sua última atualização em janeiro de 2022. “Algumas informações podem não ser totalmente precisas ou podem variar dependendo da fonte”, justificou.
Essa conversa curiosa com o ChatGPT, uma das plataformas de Inteligência Artificial mais utilizadas da atualidade – foram mais de 100 milhões de usuários ativos em apenas 1 ano de seu lançamento – nos permite chegar a algumas conclusões:
- Não se pode confiar 100% na Inteligência Artificial;
- A Inteligência Artificial parece ter vícios semelhantes aos humanos, como enrolar e mentir;
- O treinamento da Inteligência Artificial ou, pelo menos, de como ela se expressa no ChatGPT, pode não garantir a veracidade de todas as suas respostas, mas que ela é muito bem educada, isso ela é.
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Inteligência Artificial e a resiliência das habilidades humanas nas lideranças
Este diálogo nos leva a refletir que as habilidades tecnológicas sempre serão cruciais e grandes facilitadoras, mas acreditamos que, cada vez mais, o nosso olhar deve ser direcionado com ênfase para as habilidades sociais e emocionais. A interação humana sempre se fará ‘urgente’, mesmo em ambientes digitalizados.
Habilidades de comunicação, de empatia, de respeito se tornarão, cada vez mais, fundamentais para a prosperidade, especialmente para os líderes. A IA pode auxiliar na seleção de talentos, por exemplo, mas a habilidade de inspirar colaboração entre times continuará sendo um traço humano.
O que queremos trazer aqui é que a Inteligência Artificial ainda não ajuda as lideranças a serem mais empáticas ou inspiradoras, não constrói conexões ou vínculos entre as pessoas, não media conflitos, não cria um espaço emocional favorável ao diálogo, não ajuda na respiração e no relaxamento necessários para que novas informações possam emergir, não acessa a intuição, não amplia a capacidade de escuta, não diminui a solidão das pessoas que ocupam o cargo de CEO, não melhora o clima organizacional, não se emociona, não ri nem dá abraços, entre muitas outras atividades essenciais para quem quer fortalecer times e organizações de sucesso num mundo onde nunca foi tão relevante a felicidade e o bem-estar para todos, a prosperidade compartilhada e a corresponsabilidade pela vitalidade do planeta.
Nós, da Corall Consultoria, temos o propósito de liberar a potência para as organizações serem bem sucedidas nesse mundo emergente, digital e, ao mesmo tempo, cada vez mais humano.
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