Ir para o conteúdo
  • Eixos de atuação
  • A Corall
    • Nossa Equipe
    • Com quem trabalhamos
    • Imprensa
    • Perguntas frequentes
  • Conteúdos
    • Podcast no caminho a gente se explica
    • Blog
    • Livros
  • Fale com a gente
  • Escolher idioma
    • English
    • Português
  • Eixos de atuação
  • A Corall
    • Nossa Equipe
    • Com quem trabalhamos
    • Imprensa
    • Perguntas frequentes
  • Conteúdos
    • Podcast no caminho a gente se explica
    • Blog
    • Livros
  • Fale com a gente
  • Escolher idioma
    • English
    • Português
Fale com a gente
Descubra as lições valiosas de um seminário de Aikido e como elas podem ser aplicadas na vida e na gestão. Leia mais sobre os benefícios e aprendizados do Aikido.
  • Marcio Svartman
  • Foto de Corall Corall

O que temos a aprender de um Seminário de Aikido

  • junho 25, 2024

Recentemente, estive em um Seminário de Aikido organizado pela FEPAI, em celebração aos 55 anos de Aikido do Shihan (Mestre) Makoto Nishida.

Foi um evento sensacional, com centenas de praticantes treinando e  trocando.

Mas fiquei profundamente impactado ao constatar que ainda ontem, dois dias após o evento, me sentia cheio de energia. Meu corpo não sentia cansaço das inúmeras horas seguidas de prática, e minha mente vibrava um número imenso de emoções e pensamentos. Me sentia ativo, vivo e cheio de disposição.

Os benefícios do esporte são conhecidos por todos e sabem que sou um entusiasta da atividade física. Mas quero chamar a atenção para um tema que mereceria de nós uma atenção maior e mais cuidados. O contato físico.

Há alguns anos estava em Israel, passando alguns dias em uma cidade de praia. Todos os dias, após o exercício matinal, eu ia à praia no intuito de dar um mergulho. Invariavelmente bandeirolas sinalizam estar proibida a entrada devido às condições do mar.

Após alguns dias, resolvi entrar na água assim mesmo. Desde que tenho memórias da vida adoro o mar. Sou instrutor de mergulho, socorrista e navegador. Achei que meu julgamento sobre a condição do mar era suficiente pra arriscar um rápido mergulho no raso. Ainda assim, observei o mar por algum tempo e entrei cuidadosamente. Tudo transcorreu sem problemas, e o mar realmente não estava forte. O Salva Vidas veio correndo, mais bravo por ter sido obrigado a levantar de sua cadeira do que pelo meu ato transgressor. Me deu uma bronca, que eu escutei com resiliência e aceitação. Minha falta de reação o deixou desnorteado, ao que ele completou. “Estou fazendo o meu trabalho”. Ao que eu respondi: Não. Você está agindo com preguiça e mediocridade e não está fazendo o seu trabalho. Cuide de quem entra na água, ao invés de apenas impedir que aproveitem a praia para que você possa ficar lendo seu livro na sombra.

Creio que algo parecido vem acontecendo no tangente ao contato físico entre as pessoas.

Abusos, muitos deles estruturais e culturais, geraram e ainda geram situações horríveis. Mulheres, jovens e minorias, principalmente, sentem-se muitas vezes abusadas por um contato físico inadequado. Crianças são violadas em seus espaços psíquicos e físicos por abusos de diferente intensidade. Buscando cuidar disso, o contato físico foi se tornando inadequado e subversivo. Principalmente no ambiente de trabalho. Com isso, cada vez mais começou a ser percebido como inaceitável, e os limites para ele foram sendo reduzidos. Cuidar disso e tirar este tema das sombras é de absoluta importância! Não acho isto pouco importante e muito menos exagerado. Meu ponto diz respeito a como temos feito isso. E é um convite a pensarmos como podemos evoluir nisso, ao invés de nos paralisarmos.

Pessoas sentem-se agredidas e abusadas com mais facilidade, pois aprendem que o toque físico em si é agressivo e inadequado. Mesmo o afeto passa a ser confundido com a agressão. Os efeitos disso são terríveis. Temos perdido a subjetividade e a percepção como elemento de julgamento de cada situação e de suas singularidades. O contato físico nos ambientes de trabalho vem migrando de abusivos para escassos. Isto, ainda agravado pela preponderância do trabalho online.

O contato físico é importante para a saúde física e emocional. Gera hormônios específicos que reduzem o stress, acalmam e são uma das mais atávicas formas de acolhimento e demonstração de afeto  entre mamíferos.

A demonização do contato físico impede, sim, desvios e abusos. Mas também impede que possamos exercer nossas relações de forma plena, e gera também consequências sérias para nossa saúde e para os padrões relacionais em nossa sociedade. Por vezes, também a falta deste contato pode ser agressiva e gerar danos emocionais importantes.

Impedir que entremos na água é uma forma empobrecedora de gerenciar a relação com os riscos inerentes ao mar, pois entrar no mar traz benefícios e sensações maravilhosos e importantes.

Impedir o contato físico e classificá-lo como subversivo por princípio também é uma forma pobre de lidar com o tema. Numa sociedade que vem sofrendo de maneira impressionante com o estresse, as depressões, burnouts e uma série de outros quadros emocionais, principalmente no ambiente de trabalho, precisa repensar a maneira como cuida das relações, dos direitos e dos limites. A generalização funciona bem para processos mecânicos, mas o orgânico é mais complexo e demanda singularidade e flexibilidade. Impedir o toque não é cuidar. É proibir para não precisar cuidar.

Após dois dias de Aikido, tocando, segurando e tendo contato físico com dezenas de pessoas, me senti energizado e curado. Cuidado por uns, descuidado por outros, mas sempre aprendendo e crescendo com estes toques. Toquei peles e energias distintas, sempre com respeito a partir de combinados e lógicas compartilhadas, num ambiente onde o toque não é demonizado, mas o canal central da construção das relações. E se for a um encontro desses e observar as pessoas ao saírem, verá que o toque em si nada tem de nocivo. É preciso, sim, cuidar, monitorar e sustentar limites. Dar espaço a que abusos sejam impedidos e até punidos. Mas a eliminação do toque nas relações também está nos adoecendo.

Me sinto saudoso e ainda celebrando no meu corpo e no meu campo emocional os inúmeros contatos que tive e relações que aproveitei quase que exclusivamente pelo toque e pelo contato físico.

O tema não é simples, como a vida também não é. Mas precisamos relembrar nossa condição orgânica, animal e humana para pensar o mundo do trabalho. Acredito que precisamos cuidar do toque ao invés de impedi-lo.

#aikido #burnout #saudeintegral #segurançapsicológica #segurancapsicologica #fepai #trabalho #coralliza #SatyaDojo

Compartilhe!

Newsletter

Assine a nossa newsletter e receba as principais notícias de primeira mão!

Leia também

prova-de-fogo-corall
  • Foto de Corall Corall

Provas de fogo para o desenvolvimento

Reconhecer o que sentimos nem sempre é uma tarefa fácil pois nossa mente, ao longo da vida, cria artifícios que escondem as emoções “incomodas” na...

  • setembro 4, 2024
Continue lendo
lideranca-parte2
  • Foto de Corall Corall

Liderança em tempos de crise parte 2

Como a Alta Liderança Pode Escapar da Alienação sobre as Consequências de Suas Decisões?   Assim como o nazismo construiu uma engenhosa estrutura de alienação...

  • agosto 27, 2024
Continue lendo
que-e-transformacao-organizacional
  • Foto de Corall Corall

Primeiros passos: o que é transformação organizacional

Fui um dos muitos milhões de brasileiros que trabalhava para pagar a faculdade. E para quem acha que cursar Jornalismo era pura boemia, lamento, mas,...

  • julho 30, 2024
Continue lendo
LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE
  • Foto de Corall Corall

Liderança em tempos de crise

Como o Palco Corporativo Distrai as Lideranças de Assumirem a Responsabilidade que o Mundo Precisa   Vivemos em um mundo onde as lideranças estão frequentemente...

  • julho 24, 2024
Continue lendo

Todas as categorias

Categorias
  • Alessandra Almeida
  • Alessandro Gruber
  • Angélica Moretti
  • Artur Tacla
  • CEO
  • Conscious capitalism.
  • Corall
  • Corall Talks
  • Corall Talks
  • Corporate culture
  • Cultura organizacional
  • Desenvolvimento e relações humanas
  • Diálogos com CEOs
  • Dialogues with CEOs
  • E-book
  • Erica Isomura
  • Expanded consciousness
  • Fabio Betti
  • Fortalecimento de times
  • Gestão
  • Innovation
  • Inovação
  • Insights/inspiração
  • José Luiz Weiss
  • leadership
  • Marcelo Ribeiro
  • Marcio Svartman
  • Maurício Goldstein
  • Mídia
  • Mindset
  • Moisés Marques
  • New economy
  • New Organizational Models
  • Ney Silva
  • Organizational Transformation
  • Papel da Liderança
  • Planejamento Estratégico
  • Podcast
  • Propósito
  • Sem categoria
  • Vicente Gomes
Fique por dentro das novidades!

Assine a nossa newsletter e receba as principais notícias em primeira mão!

Linkedin-in Facebook-f Youtube Spotify

Eixos de atuação

  • Desenvolvimento da Estratégia e Narrativas de Evolução
  • Evolução da Cultura Organizacional
  • Integração de Estratégia e Cultura em M&As
  • Fortalecimento de Lideranças e Times
  • Desenho de Modelos de Gestão e Organização

Conteúdos

  • Podcast No caminho a gente se explica
  • Blog
  • Livros

Links úteis

  • Fale com a Corall
  • Nossa Equipe
  • Perguntas frequentes
  • Termos de uso
  • Política de Privacidade